sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Até para o ano!

Parece-me um bom plano

Não sei muito bem o que quero para o próximo ano, mas sei o que não quero. O balanço deste ano vai ficar para depois, é para ser do contra. Só sei que planeio entrar em 2011 com os lábios pintados à quenga.

Feliz Ano Novo!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Já toquei três vezes à campainha, onde porra está a enfermeira?

Quanto mais olho para isto, mais percebo que é uma questão de ego. Que é doentio o poder que damos a alguém para nos esventrar. Que o fim das palpitações nem é de caixão à cova, mas sim a maneira como se finam. Que se não me sentisse segura ( oh para mim do alto do meu metro e cinquenta e uns trocos, auto-estima do tamanho de uma ervilha mas para o ano, conto que ganhe o cinturão amarelo de fava ), andava aí a berrar a meio mundo mazelas que são mais tuas que minhas. E se não o faço ( por ser segura ), é porque ainda tenho um bocadinho de respeito e consideração guardados naquela tupperware velha e já deformada das idas ao microondas. Porque já dizia o meu pai, tudo tem um fim menos a salsicha que tem dois. Já estou habituada ( à salsicha toscana também ), não contava é que fosse um fim à filme do Chuck Norris, com explosões, pinturas rupestres na fronha e banda sonora dramática. Lá vai o nosso heroí à procura dos camaradas ( amigos palhaços ) na selva, carrega um especial, fica sem meia perna mas não o abandona ( mesmo que depois de chegar ao destino não vá passar-lhe a mão pelo pêlo ). Aqui foi mais carregar-te estoicamente e quando estávamos a chegar ao helicóptero, toma lá rasteira. Deve ter sido por estar um bocado mais roliça ( concentra-te no treino, fava fava fava ), nem te deste ao trabalho de me arrastar. Minto, só até à mina mais próxima. E boomm ( que eu sou silenciosa ). O plano abre e só se vê o helicóptero a afastar-se.
Não fez um pêlo do sovaco de sentido, pois não? Queria eu dizer que mais do que trocas e fodocas, aquela parte chata e sem sal do companheirismo, amizade e respeito ( ui, que falta de gosto! isso é tão 1758 que fico enfastiada ) devia contar para alguma merda. Obrigado e boa noite, voltamos amanhã à mesma hora para actualizar a situação no Magalhães Lemes.

Todo o santo dia, pelo menos em relação à segunda parte.

"Estou bem. Estou a lutar."
aqui

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Perdão, mas anda tudo a comer baldes de merda ao pequeno almoço?



Estou um bocado atrasada, mas qué isto? Eu sei ( oh se sei ) que há pessoas muito avariadas da cabeça, mas esta história ( se realmente se verificar ) merece um prémio. "Oh, a angústia sufocante do amor... Já tenho idade para ter juízo e fazer o que me apetece, mas senhores meus pais não permitem que viva com minha dama e sua prole. Vou ser homem e resolver isto de forma sensata, ninguém nos vai separar!". 
A sério, grande ideia. 

domingo, 26 de dezembro de 2010

Hmmm, hmmmm.

Continuo a pensar na frase de um amigo meu que dizia que o desencontro vai ser a principal causa de morte neste século. Tenho-a repetido. Trocado. Dado. É importante que a ouçam ou que a leiam antes de serem apanhados pela ausência.
Este texto é capaz de saber a bacalhau cozido no Dia de Natal. Ora o Dia de Natal é dia de carnes tostadas, não do fiel bacalhau. Este desconsolo que momentaneamente vos trago é quase como aquele sádico «o que arde cura». Sim, este texto, que pode ser dorido, também pode servir para nos fazer ir ao encontro. Ir ao encontro «é uma canseira», pensa o trintão com a comida pronta no braço do sofá. Ir ao encontro «para me desiludir de novo?», pergunta a divorciada, entupida em séries de TV que nunca foram reais. As pessoas não vão nem pelos seus dedos nem pelos seus meios. As pessoas ficam sozinhas para não se chatearem ( mirrando devagarinho ).
Se este texto for a espinha do bacalhau que não se queria, então vamos usá-la para prender um post algures. Usem esta espinha para se lembrarem de ir à vida que o norte é certo ( prefiro esta versão ).
Vem aí o início de um novo ano, aquela altura em que nos iludimos durante dias, para depois levarmos 11 meses de negação. Esperem, estou a ser injusta: ali junto a Julho/Agosto a ilusão volta com o tempo livre das férias e a nação valente a pensar que tem de mudar... mas normalmente são assuntos de cartão de crédito ou ginásio. Pouco mais há de importante na cabeça de todos nós.
Vamos ao desencontro, essa praga silenciosa que nos exterminará lentamente mas ainda assim sem que nenhum cientista revele a tempo o antídoto eficaz. A haver uma descoberta, isso quereria dizer que todos nos tínhamos rendido ao amor e, como sabemos, isso é impossível. O amor só existe nos outros. Para os outros. O amor é uma espécie de doença que já não estamos à espera de que venha ter connosco. E dizemos que sim, que sonhamos com isso, que tudo o que queríamos na vida era amar e ser amados, mas no fundo, tretas. Entre abandonar o prato meio cheio no braço do sofá e ir ouvir as queixas de uma alma sofrida, mais vale a pele do sofá.
O que acontecerá a uma civilização que deixe de amar? Porque para procriar ( como sabemos e como tantas vezes foi acontecendo ) não é preciso amar. Só ter a intenção e ser bem sucedido. No amor também precisamos de ambos, mas o amor é algo maior do que nós. É uma espécie de dom que usamos mal ( ou não usamos de todo ). Uma civilização que deixe de amar tornar-se-á apática? Deixará de ter filmes e livros e canções bonitas? Rejeitaremos os abraços ou nem sequer reconheceremos um?
Enquanto faço ficção científica penso como o amor é uma linguagem que nos deu identidade. Porque há quem viva sem ele, mas esses diluem-se na mancha grande. São pouco notados na sua indiferença. A indiferença vem de não se querer o amor. Porque os que estão sozinhos à força ainda têm braços que agarram - mesmo que já não se lembrem da última vez...
Agora que as carnes tostadas vos acamaram o estômago ( depois do fiel amigo ), antes de pensarem que têm de emagrecer ou mudar a cor do cabelo, antes de pensarem em carro novo ou na próxima viagem low cost, pensem no desencontro. Pensem que 2011, mesmo sendo um ano ímpar, merece um par. O vosso. E que esse rabo ( neste momento ainda maior ) merece um encosto diferente do sofá. Ponham-se finos. Saiam de casa, estendam os braços e promovam o encontro. Há-de calhar-vos por vezes a senhora da Bimby, ou da Tupperware, o senhor do Círculo de Leitores ou o homem que conta a luz. ( E quem vos diz se não estará aqui o par das vossas vidas? )
Um braço estendido em 2011 vai trazer-vos o amor ou uma boleia. Em qualquer dos casos podem ser felizes.
Encontrem-se.
O Sexo e a Cidália, JN

Foi tal e qual ( só que eu tenho mais 10kg, não sou ruiva nem tirei a camisola. Ah, e ele não é assim tão moreno nem estava com top à camionista nem relógio )

addison

sábado, 25 de dezembro de 2010

Vou ali coçar-me e já volto.

A minha madrugada natalícia foi passada ao telefone e descobri que era meu vizinho. Vesti-me à pressa e fui ter lá a casa. Acabei a manhã em cima do meu amor antigo, previsto pela pessoa que inventa o horóscopo do JN. A borboleta deve ter abusado nos medicamentos, que estava mais histérica que o João Baião.

Pai Natal, obrigado por me ofertares sonhos badalhocos. Seu velho tarado.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Hello stranger

É Natal e assombra-me o Verão, a recta ( quase ) interminável no Sul. Aquela que, há uns valentes anos, decidimos percorrer a gritar até que aparecesse uma curva. Cenário saído de filme delicodoce. Agora apercebo-me que a curva é uma boa metáfora. A recta ainda deve estar lá, eu é que perdi a voz e a companhia. "Estou sempre a cair em ti, em vez de em mim."

x100

Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar. Não me vou sabotar.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

I best tidy up my head.

Confesso

Ando a ter um caso, é verdade. Não tenho tido grande prazer com isso, sou eu que a procuro e pago tudo. Nem me sinto atraída por ela. É insensível e se precisar, não me dá nada. Sei que é natural em muitas relações de conveniência, até já me tinha habituado a ser usada. Infelizmente, a partir de 2011, vou ser mais que usada... Vou ser sodomizada à bruta por trás pela Segurança Social.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Pessoa que inventa o horóscopo do JN...

Quando mencionaste que iria voltar a entrar um amor antigo na minha vida... vá, pensei ( confiando em ti cegamente ) que ia ser algo assim mais recente. O senhor entrou segunda vez este sábado ( insistente, pá ), não vi se tinhas repetido isso na previsão mas foi falha minha que não te li. Suponho que tenha vindo só dizer olá, dar duas de letra e siga para bingo, certo? O cenário não é animador. É certo que, nestes anos todos em que não o vi, não há um em que não tenha sonhado com ele várias vezes. Na prática, tirando uma ( muito ) ligeira quentura na caixa torácica, as borboletas podem ser emolduradas e oferecidas a coleccionadores. Só sobrevive uma, mas sofre de alzheimer, miopia e, de vez em quanto, tem uns espasmos e lá bate a asa esquerda.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Hoje lá ganhei coragem para isto. Apraz-me partilhar que não sei se preciso de um soutien de desporto ou de um colete de forças. 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Autch.

Andamos a rastejar uns tempos, levantamo-nos corcundas e sacudimos a roupa. Vamos ver os estragos ao espelho: ninguém diria, pensamos. Limpamos toda a terra da cara, a não ser a que não sai do olhar ( por mais que esfreguemos ). Lembramo-nos que temos uns pensos rápidos esquecidos lá num canto e regamos tudo com um boa dose de água oxigenada. O azar é que alguns pensos não colam bem, a água oxigenada faz efeito só na altura do uso ( ingestão ) e transborda tudo outra vez ( do copo e do peito ). Não seja por isso, mudamos de roupa na pressa de mostrarmos ao(s) outro(s) que estamos novos, a brilhar ( por fora ). E como nem tudo é ouro, o pano cai mas não há aplausos nem nos pedem encores.
Perdemos tanto de nós a limpar as confusões dos outros, sem sequer ter direito a uma palmadinha nas costas. Tantas pragas rogadas pelas desilusões involuntárias e quando olhamos para nós, estamos a viver numa pocilga emocional. Resolvemos os outros, mas esquecemo-nos de tratar de nós. E pior do que o que vem de fora, é  desiludirmo-nos com o que temos cá dentro.

Este Natal, estou indecisa se quero...

... uma empregada que me venha arrumar as ideias; um senhor dôtóri que me limpe as feridas, comece a suturar e a pôr uns paninhos quentes para doer menos; ou o Colin Firth na minha cama. Mas uns comprimidos para a demência são uma prenda mais realista.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Não sei porquê mas devo ter cara de muro das lamentações. E presto-me a isso. Quando preciso, é que puff fez-se o chocapic e foi tudo a correr comê-lo. Não deve faltar muito para me começarem a meter papelinhos no nariz. Isto sendo optimista e a contar que não se lembrem de os pôr em lugares mais estranhos.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Entre caipirinhas e pormenores que desconhecia, fez-se luz. Parece que alguém me afagou a cara com folha de lixa, que levei com um tijolo na corneta, que me fizeram ( me fiz ) uma lobotomia. Ainda tenho uns arranques, desenganem-se. Mas depois disto, é meio caminho andado. E obrigado, Romana.

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Ainda sobre embalagens

Umas mãos bonitas num homem ( e desculpem-me rapazes se vos pareço uma vez mais injusta ) é coisa muito rara. Agora abstraiam-se do tamanho e pensem em mãos bonitas dos vossos homens. Quantas? Quantos? Umas mãos bonitas não pedem para ser agarradas? E quando a beleza não lhes pertenceu não é uma espécie de vergonha que desce do vosso olhar? Lembrei-me agora de um rapaz com mãos bonitas que conheci há muitos anos. Mas eram só as mãos.

O Sexo e a Cidália, JN

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

You pay me back in kind and reap just what you sow.

És a mesma embalagem, mas o conteúdo azedou. Infelizmente, às vezes, demora a limpar o palato. Ainda ninguém se ofereceu para ser o meu gelado de limão, antes do próximo prato. Ou minto, mas sou eu que não ando à procura de gelados. Quando me distraio, os meus olhos fogem a ver se te encontram ou ao teu carro. Espero que o Ipad te aqueça e faça companhia à noite. Prefiro que seja ele à gaja labrega da terrinha a sussurrar-te "esternocleidomastoideu" ao ouvido, que inventei ( se puder escolher, claro está ). Já nem me lembro de como soa a tua voz, à parte dos berros que davas a imitar as gaivotas daquele filme parvo. Digo, sem vergonha, que isto ainda vai demorar um bocado. Mas está a ir, não sei para onde mas é para longe. A ti, desejo-te que acordes em pânico com a Adele a berrar-te nos tímpanos ( assim a meio da noite, é senhora para ter impacto ). Que se repita tempos infinitos, enquanto aqui, alguém me acorda ao som de James Brown. Percebeste? Também achei que sim.

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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Aviso aos transeuntes

Este blog está a sofrer de acne amoroso e  não é do bom, cheio de estrelinhas e suspiros. É daquele nojento, infectado e reincidente. É esperar desabafos psicóticos, memórias deprimentes e outros males comuns. Histórias fofas ou minimamente inteligentes? Escassas, mas posso dizer que estou muito contente por não ter pêlos numa parte da perna direita. Sou assim, uma rapariga rude do campo ( cidade ), que fica feliz com coisas simples. 

domingo, 5 de dezembro de 2010

Cada dia, menos mas...

Quero dizer-te uma coisa simples: a tua ausência dói-me. Refiro-me a essa dor que não magoa, que se limita à alma; mas que não deixa, por isso, de deixar alguns sinais - um peso nos olhos, no lugar da tua imagem, e um vazio nas mãos, como se as tuas mãos lhe tivessem roubado o tacto. São estas as formas do amor, podia dizer-te; e acrescentar que as coisas simples também podem ser complicadas, quando nos damos conta da diferença entre o sonho e a realidade. Porém, é o sonho que me traz a tua memória; e a realidade aproxima-me de ti, agora que os dias correm mais depressa, e as palavras ficam presas numa refracção de instantes, quando a tua voz me chama de dentro de mim - e me faz responder-te uma coisa simples, como dizer que a tua ausência me dói.

Nuno Júdice

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

mais uma moedinha, mais uma voltinha

Estamos num mundo tão doentio e continuamos a dar para o peditório. Filmes? Séries? O que é que nos ensinou  a sôdona Carrie a não ser estourar dinheiro da renda em roupa, sapatos, cigarros e fornicar meia cidade? Que uma história de amor a sério é andar 10 anos atrás do mesmo homem ( on and off ), mesmo que ele nos ignore ou que nos encorne. Isso interessa? NÃO, porque tudo vale a pena no fim. Não importa quantas vezes somos pisados, traídos e esventrados. Nunca devemos desistir de ficar na linha de comboio à espera que ele nos passe por cima. Todas as psicoses e comportamentos à la serial killer são justificáveis. Quem vai à guerra, dá e leva. Mas nestes tempos, a lógica é levar muito. Ser a Madre Teresa do amor, dar a outra face e alombar até ficarmos inconscientes. Porque nos formataram que o amor verdadeiro é extremamente sofrido, cheio de obstáculos de meia-noite, explosões, troféus na cabeça, lingerie com pérolas e uivos loucos. Que só perdoando este mundo e o outro é que sabemos o que é realmente amar. Que não importa se magoamos outras pessoas pelo meio. Que nos podemos perder e desvirtuar totalmente daquilo que somos e queremos ser só para ficar com o outro.
Marramos que quem nos cagou em cima da cabeça é que é a pessoa da nossa vida e que, se calhar, é melhor irmos ter com ela e oferecer-lhe o papel higiénico para limpar o dito cujo. No entretanto, podemos cruzar-nos com pessoas normais, ainda sem grandes mazelas amorosas. E o que acontece? "Anda cá, vê se dá para tapar o buraco... oh porra, não dá. És mentalmente estável? Temos pena, vais deixar de ser depois disto." E há ali uma mutação, o vírus espalha-se e lá vai mais um aleijado de alma para o mundo. Numa comédia romântica, ninguém se lembra do que foi deixado no altar ou do que era um tipo porreiro. Esses não têm direito a happy ending ou pelo menos, vão ter de esperar pelo filme em que sejam eles os protagonistas. 

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

brain fart

Se demora metade do tempo da relação a aceitar e arrumar os nicknacks... já só me faltam 3 anos. Vou ser uma trintona louca e sedenta de sexo. Oh happy day.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Withdrawal symptoms from the total absence, which may cause tremendous stress on the heart and blood vessels

Sentir e tentar matar o vício. Saber que não vale a pena estar cá com floreados. Ando a saltar de um trapézio para outro. Não há rede, caio mas levanto-me. Um dia destes, pode ser que comece a trabalhar no circo só em part time. 

O Manel sabe das coisas.

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"O vento traz a desordem e o tempo sopra por ti."

sábado, 27 de novembro de 2010

Não tinha bebido e não estava a alucinar mais do que o normal

Estava eu a fazer zapping quando parei na tvi, onde estava a dar uma daquelas novelas maravilhosas. Nisto, avisto a senhora Paula Lobo Antunes no meio do mar... agarrada a um golfinho ranhoso de plástico, enquanto ele guinchava e dava umas flatulências aqui e acolá. Se isto já é triste, a cena acaba com ela a perguntar-lhe "Oh ( inserir nome piroso ), por que é que o amor é tão complicado?". 

Se calhar, o amor é complicado porque há pessoas que têm ideias tão brilhantes como esta. A nível emocional, diga-se.  

sábado, 13 de novembro de 2010

Estou viva. A maior parte da vezes, quero eu dizer. Muito trabalho, ligeira depressão emocional seguida de pequena euforia deprimente e coisas que tais. Vou tentar fazer um post um bocado menos estúpido em breve. Quem sabe? E é isto.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

oh, a inocência perdida.

E afinal nem sabia dizer/escrever omelete de queijo decentemente. Vou ter de recorrer à pergunta badalhoca mais do que estava à espera, só para dizer que sei uma frase em francês.

O meu pai diz que sou pior que o Mário Soares.

Vou amanhã para Bruxelas. Nesta maravilhosa fase da minha vida, vou com um espírito ainda mais maravilhoso. Avizinha-se o frio ( lá já chegou e bem ) e é necessário reunir mantimentos para esta época. Tenciono acumular mules, gofres, batatas fritas, chocolates e cerveja e cheira-me que vai tudo para as minhas coxas. Vou lavar as vistas, vou andar feita parva a fotografar tudo com a ActionSampler, vou dançar, vou ver um menino anão a mijar, vou conversar muito, vou à Grand Place, vou deixar que me guiem, vou experimentar vários tipos de cerveja, vou fazer figuras tristes a tentar falar francês, etc. O meu vocabulário consiste em "omelette du fromage" ( Dexter no seu melhor ), "Voulez vous coucher avec moi ce soir?" ( video assustador com aquelas quengas da pop ) e palavras soltas aqui e ali.

Ready to start.

"If I was scared, I would.
And if I was pure, you know I would.
And if I was yours but I'm not."

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tenho sonhos do demo, mas o dia não tem de ir pelo mesmo caminho.


Anda aí um vírus que está a dizimar ( principalmente ) relações de longos anos, chegam-me aos ouvidos várias novelas por semana, seja por aqui ou por amigos. Sou uma dessas paspalhas que esteve anos ( e anos! ) com um maior paspalho, a pensar que estávamos a jogar em equipa e a construir qualquer coisa porreira, pá. Moral da história: levei semelhante biqueiro nos queixos que nem sei bem descrever.
Se há coisa que não se gosta de ouvir é que é preciso dar tempo ao tempo e que isso cura tudo. Nas primeiras semanas, ai deus nosso senhor, não há luz ao fundo do túnel e vamos morrer. E até não é mentira, parte de nós chega mesmo a morrer e ainda bem. Agora, que já passaram uns míseros meses, a abordagem é totalmente diferente. E tenho lido muito que afinal o tempo não cura tudo e que fica sempre um vazio e bla bla bla, isto vindo de algumas pessoas que nem estão a passar por nada e que até já se alaparam à próxima vítima. E fico doente. Mas alguém está aqui à espera de ser curado? É que eu não. Estou à espera de aceitar e digerir esta bosta toda e seguir com a minha vida. E sim, o tempo cura a falta de esperança em que isso não vá acontecer. Não estou a falar de perdas irreparáveis como a morte de alguém de quem gostamos imenso, mesmo que às vezes, perder um amor possa parecer algo do género. Fica um vazio? Ainda bem, é suposto. Nem que seja porque não somos todos iguais, então a lógica não será arranjarmos outro alguém chapa quatro para o lugar do anterior. Há pessoas que nos marcam e que gostávamos que tivessem ficado na nossas vidas, mas não quiseram. Azar.
Tenho momentos de merda, que sei que vou magoar alguém por todas as sequelas com que fiquei desta experiência. Depois uso a pouca inteligência restante, ajudo-me a mim própria e não me convenço que não vou dar a volta e que estou para sempre perdida, só porque alguém não teve consideração e mudou de ideias à cabrão. E não, não é fácil. E sim, eu também achava que ele era aquela pessoa mas contra factos, não há argumentos. Não era e afinal, nem sequer é muito pessoa. Recuso-me a entrar nesta moda dos doentes de amor, que acham que nunca vão ter nada melhor e que vão, para sempre, padecer de um desgosto amoroso do tamanho do Brasil. É abrir a pestana. Eu sou muito melhor que isso, mesmo sozinha.

Não quero voltar a acordar a tremer, aquele tremer de quem já esbofeteava alguém com um rolo da massa. Não quero que o meu subconsciente ande a abrir livros que deviam estar a apodrecer. Sei o que se passou e  tenho quase a certeza do que se passa. Não vale a pena tentarem ter o direito de resposta em sonhos, pequenos e sobreviventes neurónios. O mal está feito. Vão lá fazer tricot de todas as barbaridades que ainda digo a mim própria e depois de acabar a camisola ( ou manta ), é favor queimar. Nada de grandes alaridos, que eu não dê por vocês! Nada de ser falsos caridosos e oferecer a alguém.

domingo, 10 de outubro de 2010

Minha, minha, minha! Vou andar insuportável a fotografar tudo e todos.

Ainda sou da velha guarda com a mania das limpezas emocionais

"I want everything to be so clean, so clean."

Era tão bom se conseguíssemos fazer as coisas de maneira civilizada, seríamos tão menos monstros e teríamos menos sequelas para aterrorizar quem vier a seguir.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Hoje é um daqueles dias tristes. Cinzento como o tempo lá fora. Não ando bem, ainda estou em convalescença emocional e bastam pequenas coisas para que recue uns passos. Hoje morreu o cão de uns amigos, o cão com quem convivi e de quem gostava imenso. E fiquei a pensar no meu, na minha pequena besta com mau feitio que tanto adoro. Há animais que são tão mais humanos que pessoas. 

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Senhor rapaz empregado da Maiorca...

... comecei a pensar em ter um one night stand contigo, mas a tartelete de limão e merengue distraíu-me completamente. É uma questão de prioridades.

domingo, 3 de outubro de 2010

"Like a soul without a mind and a body without a heart."
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Massive Attack - Unfinished Sympathy

sábado, 2 de outubro de 2010

"Maybe there won't be marriage, maybe there won't be sex, but by God there'll be dancing!" 

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Agora para coisas boas, boas...

Em Novembro, tu e eu... e ingleses. Vou dançar que nem uma tola, vou gritar badalhoquices que ninguém vai perceber e pronto... vou ter um one night stand platónico contigo. Era só para avisar. Ah... eu e mais não sei quantas, mas não sou ciumenta!

Paspalho

Não me incomoda nada que conheças as falhas do meu corpo, que conheças a minha nudez. Incomoda-me que me conheças a alma. Tudo o que tinha para dar e que tu levaste.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

É a loucura

Escrevo que não consigo expressar grande coisa e depois, finalmente, escrevo algo com mais de 20 palavras. Isto merecia um cocktail mas é bem provável que reverta o processo. 
Não sou ( muito ) tolerante, confesso. Ou melhor, sou capaz de ser mais tolerante com pessoas que não conheço do que com as que conheço ( e me conhecem ). Nunca percebi como é que se aceita golpes fundos e se segue em frente a dizer que foi um pequeno arrufo. Não falo de contratempos ou de algo que não resultou em determinado momento e depois, o tempo tratou de voltar a cruzar os caminhos. Falo de situações que mexem com valores sagrados ( para mim ): respeito, dignidade e confiança. É possível tentar lidar com algumas questões, mas quando surgem fendas é complicado. E não me refiro a relações leves, mas sim àquelas que já assentam num conhecimento profundo e transparente do outro. O amor e a amizade não fazem sentido se não se basearem nisso.
Não sou pessoa de ter muitos amigos e de ser imensamente social. Não sou um bicho do mato, mas quando percebo que alguém não se rege ou tem cuidado com aquelas três palavrinhas.... afasto-me ou mantenho um contacto cordial. Não digo que não arrisque e que, aqui e ali, não vá tendo boas surpresas. No entanto, já não estou em idade de ter de aceitar tudo nem de tentar ser alguém que não sou. E ainda bem. Temos de saber o que queremos e devemos tratar os outros da mesma forma que gostaríamos de ser tratados e isso não garante que façam o mesmo connosco. Nada compra o olhar-nos ao espelho e sentir que não temos vergonha e que a nossa consciência está limpa. 
Tenho ouvido muitas teorias de como certas pessoas não sabem fazer melhor e que por isso têm atitudes do arco da velha. Não acredito nisso, é atirar areia para os olhos de quem tem de apanhar os cacos. Só porque alguns são amputados da alma, nestas situações é que fazemos as nossas escolhas, as que nos definem. E temos sempre uma opção, mesmo quando a escolha não foi feita da melhor forma, temos sempre uma voz e palavras. E aí é que mostramos se valemos alguma coisa ou não. A nós e aos os outros.


"What you feel only matters to you. It's what you do to the people you say you love, that's what matters."

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Gostava de ter textos extensos e cheios de metáforas bonitas ( ou tristes ) para escrever, mas nem vale a pena tentar espremer que não sai nada. Por agora, parece que posts de outras pessoas, músicas, séries e livros encontram sempre maneira de dizer o que eu não consigo.

Tenho uma ligeira impressão...

... que vou ter esta reacção a partir dos 26.

domingo, 26 de setembro de 2010

Não voltes e...

"...leva-me esta esperança de te ver dormir, de não resistir de ter de cumprir em alguém a vingança."
Jorge Cruz - Perdas e danos

underrated

Jorge Cruz - Canção da tua rua

 Ninguém dá grande importância a este senhor, mas eu acho que é soberbo. 
himym
Eu sou masoquista. BURRA, arre!

Soul, motown love

I woke up this morning with the sun out shining in
I found my mind in a brown paper bag but then
I tripped on a cloud and fell eight miles high
I tore my mind on a jagged sky

I just dropped in to see what condition my condition was in
I pushed my soul in a deep dark hole and then I followed in
I watched myself crawling out now, as I came crawling in
I got up so tight I couldn't unwind
I saw so much, I broke my mind
I just dropped in to see what condition my condition was in
Somebody painted April fool in big black letters on a dead end sign
I had my foot on the gas as I left the road and blew out my mind
Eight miles out of Memphis and I got no spare
Eight miles straight up downtown somewhere
I just dropped in to see what condition my condition was in
"I wish you could step out of yourself and just look."

sábado, 25 de setembro de 2010

Dia do demo

Hoje é um daqueles dias de merda. Não há cá paninhos quentes e educação, é mesmo de merda. Como se não bastasse sentir-me vazia, a minha vida profissional volta a entrar naquelas fases de pressão e stress. E resume-se a isto: as pessoas são más. Não fiz nada com o curso que tirei, mas esfolei-me toda e criei algo meu e agora, além de todo o esforço emocional, criativo e monetário que isso implica, tenho um ( outro ) valente cabrão que me está a tentar sabotar. Mas PORRA, eu vou dar a volta a isto.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

É quando quiseres, onde quiseres!

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Jamie Lidell - She needs me

Este homem desgraçava-me. Ando viciada, principalemente, no Compass, mas nos outros álbuns também. Enfim, nele.
Em Novembro, acho que vou levar fralda.

Das maravilhas da porta aberta...

Ontem estava eu a fazer sei lá o quê e entram duas senhoras com grandes bolsas. Naturalmente, cumprimentei a ver se precisavam de ajuda e a resposta foi: "Olá menina! Nós bimos da aldéia com chóriços, queijinhos e ótros enchidos!".* Devo ter ficado com ar incrédulo e lá consegui dizer que não, muito obrigado.

Já sabia que se vendiam livros porta a porta, sabonetes e pensos para ajudar sabe-se lá quem... mas enchidos e queijos é do melhor!


*Olharam para mim e pensaram logo que esta pequena lontra era cliente-alvo.

Adoro esta cover!

Sara Bareilles - Single Ladies

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Era isto.

The world forgetting, by the world forgot


Eu sei que estou numa fase de descrença. Também sei que o tempo vai passar e que me vou sentir melhor. Tenho dúvidas é que não me transforme num monstro desconfiado, intolerante e que fuja ao mínimo sinal de problemas. 

Como é que daqui a um bom tempo ( e se não ficar para tia ) se consegue ter uma abordagem pouco demente quando outro alguém entrar na nossa vida? Como é que depois de se dar tudo se arranja algo para dar ou a vontade para o fazer? Não sei, a vida molda-nos. Já tinha alguns nós mentais, mas agora nem me atrevo a contá-los. Um dia, só espero que se mostrar as cicatrizes de guerra, alguém me responda algo deste género.

Joel: I can't see anything that I don't like about you. 

Clementine: But you will! But you will. You know, you will think of things. And I'll get bored with you and feel trapped because that's what happens with me. 

Joel: Okay. 

Clementine: [pauses] Okay. 

Esta noite

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Nina Simone - Since I fell for you

Músicas que fazem mal e um chá.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

It's on, bitch

Decidi que vou começar a correr. Assim devagar e sem pretensões de participar em super maratonas loucas. Não custa nada alternar os longos passeios na marginal com um minutito de corrida e se custar, só faz bem ao pandeiro.

domingo, 19 de setembro de 2010

Olhar para o lado e ver o que já não temos é - errr, qual é mesmo a palavra? - ahhh... fodido.
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Um dia, quero um amor com esta banda sonora.
Curiosamente, alguns blogs que acompanho (S* e R.L) mencionaram recentemente dois dos meus filmes preferidos: Before Sunset e 2 Days in Paris. Regresso sempre a eles, principalmente ao primeiro. E parece que me vou dedicar a revê-los nesta tarde de domingo. E o Eternal Sunshine of The Spotless Mind também.

É melhor ir buscar lenços e um boião de gelado.
Jesse: "I just feel like I'm designed to feel slightly dissatisfied with everything. I mean like always trying to better my situation. I just satisfy one desire and it just agitates another, you know? Then I think: to hell with everything, right? I mean, desire is the fuel of life."

365 dias

Oh Deus nosso senhor, o degredo.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Do engate ranhoso / Contos de Palma de Maiorca #2

Ainda me faz um bocado de confusão ter ficado solteira de um dia para o outro. Isto porque não teve grande explicação e foi do nada, então nem houve a fase do "oh porra que isto vai mesmo com as urtigas". Voltar à vida desacompanhada é estranho e eventualmente, volta-se também a enfrentar situações que não eram tão frequentes. Uma delas é encontrar homens com a mania que são engatatões.

Nestas férias, fui brindada com tal situação vinda de um empregado do hotel. Como estava sozinha a almoçar, meteu conversa a perguntar de onde era e tal. Tudo normal até aqui, uma conversa que durou nem 2 minutos. Ao jantar, esse mesmo senhor vem ter comigo a dizer que tinha ligado para o meu quarto durante a tarde só para saber como estava e se queria ir tomar uma bebida. Eu devo ter ficado pálida. Como raio é que ele soube em que quarto estava?! E pouco depois, ainda veio com a conversa que saía às 23h e que queria falar comigo durante 5 minutos. Escusado dizer que o mandei dar uma curva, mas que fiquei um bocado assustada com o nível de stalker assim logo ao fim de umas horas de me ter posto a vista em cima.

As coisas acalmaram mas uma das melhores pérolas foi ter visto que estava a ler um livro e ter dito que era muito bonito e romântico. É importante dizer que era o "The Girl Who Played With Fire" do Stieg Larsson. Chorei baba e ranho, tamanho é o romance... OU NÃO.

Ainda bem que não quero nem pensar em estar com alguém, mas preocupa-me que isto ande tão fraco, que uma rapariga sozinha signifique que quer festa e que nem se esforcem por tentar um engate inteligente.
He says Girl, it's your call
You wanna fly, you wanna fall
So I shout I wanna get away from you as fast as I can
I tell my feet to move it, I hope they have a plan
These little black sandals are walking me away
These little black sandals are heading in the right way
These little black sandals are walking me away
These little black sandals saved my life today
(...)
Sometimes I'm tempted, sometimes I am
I would be lying if I said I didn't miss that giant man
He was the line between pleasure and pain
But me and the feet have some years to reclaim

Se já adorava este álbum...

... agora ainda gosto mais. Parece que se encaixa tão bem onde estou.
E já agora, quero vê-la ao vivo. Só a ela. Já vi com Zero 7 e foi muito bom, mas tenho a certeza que ainda é melhor.
Quero uma sala assim. Para ontem.
E pensar, finalmente: " Desampara-me a loja, desaparece da minha vida, sai-me da frente e da imaginação de uma vez por todas, para eu poder ser feliz sem pensar em ti. "


 Paulo Farinha, no Notícias Magazine

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Em repeat


Beautiful calm driving, emotional hiding
Effortlessly shining, beautiful calm driving
You turned into another
You turned into nutter
You turned into another man

You're a stranger to me
You're a danger to me

É dos poucos


...mas era capaz de me tirar do celibato ( emocional e principalmente físico )!

Contos de Palma de Maiorca #1

Voltei inteira e não cortei os pulsos.

Uma das maravilhas que só se aprende depois de cometer o erro é que não é boa ideia ir de férias sozinha para um sítio em que só vão casais. Sim, ainda se vê uns grupos de amigos mas no geral... CASAIS. Novos, meia- ideia e velhos. Com crianças, com primos, com avós e com o raio que os partam. Não estarei a exagerar quando digo que, no hotel, era a única pessoa sozinha. Não me considero gente fina mas ( deus nosso senhor e afins! ) o nível de parolada era muito alto. Broncos e a mandar vir com os filhos como se estivessem a falar com o arrumador da esquina. 

Ah, e aquele mito cinematográfico que se vai de férias sozinha para algum lado e toda a gente mete conversa e é tudo muito social? NOPE. Casais tentam meter conversa com outros casais e famílias com outras famílias.

No entanto, correu bem. Fiz muita praia, comi que nem uma lontra, li imenso mas não ouvi tanta música como previ. E melhor, não chorei baba e ranho. 

terça-feira, 7 de setembro de 2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Carry on now.


Está tudo maluquinho

Tive uma conversa interessante com umas amigas. Estávamos a falar dos últimos acontecimentos, de como era surreal e acabámos a falar das relações delas: uma já está há 6 anos com o namorado, que é muito mais velho e funcionam um bocado à distância.; e a outra está a viver numa terriola com o mais que tudo. Lembrei-me que esta última tinha um namorado bem giro e muito querido antes de andar com este e perguntei-lhe o que se tinha passado. Ainda bem que já estava sentada, porque ouvi algo deste género: "Ah... sabes, era bom de mais!". Devo ter feito um ar muito confuso e lá se explicou: " Ele era muito carinhoso, mesmo muito. Mas sabes quando estás num dia mau e só queres embirrar com alguém para te passar?! Pronto, eu fazia isso e ele não se chateava. Compreendia e nem dava grande luta. Era demasiado bom, não havia ali grande chama."

Bebi de golada o que quer que seja que estava a beber, só para não a brindar com um estouro no focinho. Deus nosso senhor, que raio se passa com as pessoas???? Desde quando é que algo é bom de mais? Desde quando é que se quer alguém para embirrar? E pior, desde quando é que se fica chateada por essa pessoa não te levar a mal e não criar uma discussão enorme? Algo tem de estar muito mal, porque já não é a primeira história ( sem contar com a minha ) que ouço em que as pessoas decentes é que se lixam, como se fosse um grande pecado tratar bem o outro. E depois, as mulheres queixam-se que os homens não são sensíveis... 

Nota: Sim, deixou este porque era muito amoroso e não dava pica. Agora vive com um macho bronco e tem de o sustentar. Upgrade ou ENTÃO NÃO.

domingo, 5 de setembro de 2010

You take the first train into the big world

Post psicótico, neurótico, -ótico, -ótico

Quando aconteceu, naquele choque horrível, fiz algo inteligente: livrei-me de tudo o que me fazia lembrar da pessoa em questão. Apaguei fotos, guardei e dei coisas para evitar, ao máximo, ter ainda mais recordações a pairar. No dia a seguir, fui devolver o que tinha de ser devolvido. 
Acredito que a melhor maneira de resolver/terminar o que quer que seja é tendo uma conversa honesta, por mais que isso custe. Não sei onde é que isso se perdeu ( porque tínhamos essa regra ), mas nunca pensei que uma relação de quase 7 anos acabasse de repente e sem grande explicação. Pior, sem sequer ter o mínimo de consideração e respeito. 
Isto para dizer que ( como é natural, nos tempos que correm ) tive um ataque de cusquice e pedi a uma amiga minha para ver o Facebook do defunto. Tenho dito que se tratas alguém de uma forma tão cruel, fria e condescendente ( e com quem estiveste tanto tempo e tiveste uma relação tão boa... até ver! ) é porque és mentalmente instável. E confirma-se. Passado um mês, ainda tem fotografias nossas. Não fico contente nem fico triste, fico desiludida.
Tantos anos com alguém para descobrir que do nada já não fazemos ideia de quem são e que, se calhar, nos fizeram um grande favor ao ir embora. Infelizmente, isso não torna as coisas mais fáceis.

sábado, 4 de setembro de 2010

A new sense of life's possibilities


Tenho imensos planos, o que é bom. Encontrei alguns que estavam com um bocado de pó, que acabava por adiar porque queria ter tempo para alguém. E agora tenho muito tempo para mim, para descobrir novos interesses e conhecer novas pessoas. A nível amoroso ( a menos que fique senil de vez ), estou imprópria para consumo e fechada para obras colossais. 
Este mês, finalmente, vou ter umas férias em que vou tostar o rabo ( que já não tosta há 4 anos ). Em Outubro, vou a Bruxelas visitar uma amiga. E em Novembro, vou dar um saltinho a Londres para ver um concerto que sempre quis ver. A minha conta bancária pode sofrer um bocado, mas vai ter de aguentar. E com a maravilhosa Ryanair, já estou a pensar onde posso ir a seguir.
Fazer o luto, sim. Definhar e ficar com culpas que não são minhas, NÃO.


I got back my nerve



You took me for granted
You took me, you took me for granted
But I landed back on my feet, back on
My feet
Cos you don't deserve me, deserve me
You don't have the time that I need
That I want, I deserve
But I got back my nerve
Did what was right for me
I'm using my head not my heart
And I'm starting new
I'm going to get over you, over you 

"Stop forming romantic attachments to any of the following: alcoholics, workaholics, sexaholics, commitment-phobics, peeping toms, megalomaniacs, emotional fuckwits, or perverts."

Bridget Jones's Diary

Nem homens viciados em adrenalina, que trabalhem na área da saúde e que tratem melhor os doentes que a namorada. Tenho dito.

Confirmo.

"It is a truth universally acknowledged that when one part of your life starts going okay, another falls spectacularly to pieces."

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

E para melhorar...

Não sei o que é pior

Se é ter acabado da maneira que acabou ou se é saber que mesmo que se arrependesse, já não há volta a dar.

E já começou.

A partir do momento em que se fica solteira, parece que somos umas coisas leprosas e incompletas. Serões sociais? Oh cruzes, não! Isso só funciona com pares.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Um dos conselhos mais pertinentes que ouvi:

"Agora tens é de ter eye candy, ver gajos bons para lavar as vistas!"


Eu subscrevo, mas ajudava imenso se me dessem um mapa de sítios onde os posso encontrar. Ou sou eu que ainda estou muito enjoada ou, santo deus (!), não vejo nadinha de jeito.

Do mesmo senhor Cee Lo.


But someone should have warned you
When things start splitting at the seams and now
The whole thing's tumbling down
Things start splitting at the seams and now
If things start splitting at the seams and now
It's tumbling down, hard

Fiquei ali no 2:24.

Dance me to end of love *

Por que é que o Leonard Cohen tinha de vir cá nesta altura?
Já nem sequer o posso ouvir e não é por ter músicas deprimentes. É por causa daquela maldita noite, a ver e a dançar o Live in London.


* É mais "dance me até me dares um pontapé nos queixos" 

"Although there's pain in my chest, I still wish you the best with...


... a FUCK YOU!"

Acho que vou adoptar isto como hino do meu desgosto.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

"Vou instaurar a ditadura!"


Estes senhores já voltavam.
Um pouco antes, tive uma sensação muito estranha: que já não ia voltar a casa dele. E isso, confirmou-se dois dias depois.

Quando ficamos em águas de bacalhau, prometi logo a mim mesma que, se isto acabasse, ia de férias sozinha o quanto antes. Está tudo marcado e para a semana, lá vou. Espero eu.*

Na semana passada, lembrei-me que só me faltava mandar tamanho malho para melhorar as coisas. E dois dias depois, tinha o rabo negro e as pernas todas arranhadas.

Portanto: PENSAMENTO POSITIVO. Por que parece que o negativo está a funcionar bem de mais!


*esta parte não é necessariamente má, mas era escusado ter de acontecer tudo isto para ter férias!

Pedimos desculpa pelo incómodo, vamos tentar ser breves.


Agora, mais do que nunca.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Alentejo

São 22h35 e estão 30º. 
O céu está estrelado e a noite está serena.
E não é e nem vai ser o fim do mundo.

"This is a good sign, having a broken heart. It means we have tried for something. " 

Eat, Pray, Love
Há algum tempo atrás, tinha um blog que apaguei. Não tinha paciência e achava que tudo o que escrevia era estúpido.

Agora, sinceramente, quero lá saber. Sinto que preciso de um canto, onde possa escrever as minhas teorias e maluqueiras. E assim, (re)surge este blog. Curiosamente, tem início no fim de uma grande fase da minha vida. Mas é assim que se começa, certo? Se não, passa a ser.

So true.



Este senhor é um génio e tem sido uma óptima companhia, nos últimos tempos.

Prólogo

É verdade: this place is on a mission.
Vamos para a frente que atrás vem gente!