sábado, 10 de dezembro de 2011

Considerações sobre um encontro parolo-lésbico

Não nos embebedamos, mas também não foi preciso. Não te vestes à Sheila, com pele de báca e jibóia e texanas cor de rosa. Não falas à sócia e não és nada lontra. És uma mulher alta, que à minha beira me faz sentir só uma minorca roliça. Disse mais caralhadas do que tu, cheira-me. Confirma-se o à vontade ao vivo que já se tinha por aqui. Experiências semelhantes e maneiras de lidar quase iguais. Ninguém foi violado ou cortado às postas. Posso dizer, agora com conhecimento de causa, que continuo a ir com a tua cara. Sô dona, prazer em conhecê-la!

E nestas parvalheiras, não há muito a dizer a não ser que é algo a repetir ( aqueles detalhes sórdidos vou guardá-los, sim? ). Agora vá lá e parte-me o coração e diz que me odiaste! SNIF. Vou ter de ir ouvir o "Last Christmas" do George Michael e abanar-me qual jovem autista em crise.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Não é de bom tom admitir certas coisas. Quem quiser atirar a primeira pedra, faça o favor.

Podia ser bem mais cabra do que sou, mas não consigo. Não sou o protótipo de mulher sensual, sofisticada e com aspirações a casamento e filhos. Nem quero ser. Não estou realmente apaixonada. Recebo muito menos do que dou. Não me apetece tomar uma decisão, mas sei que não me vou acomodar por muito mais tempo. Trabalhei imenso nestes últimos três anos. Perdi a força e tento manter-me à superfície. A ideia pré-concebida que tinha do que queria até aos trinta esfumou-se. Só vejo névoa. Estou dormente, em tantos aspectos. Tenho ataques de pânico e choro até ficar desolhada. Também tenho pêlos encravados. Dou por mim a pensar que era tudo tão mais fácil há uns anos, quando ainda não se estava escaldado. Quero mudar, adio para amanhã. Durmo pouco, invento tudo para me deitar mais tarde. Quero estar sozinha, só aparecem planos. Quero companhia, fica tudo um bocado deserto. Na verdade, do que me queixo é da falta daquela companhia que vem de dentro, que não se pode pedir... acontece. E não tem acontecido. Culpa minha, com certeza. Movo mundos e fundos por quem está à minha volta, na esperança de me distrair de mim. Dou, mas não me dou. E censuro os outros por serem sovinas. No entanto, já há muito tempo, não assistia a tamanho acto de egoísmo. Num lado tão básico de nós, em duas décadas e uns trocos, nunca me tinham presenteado com tal feito. Quando os projectos são nossos, a possível derrota é um golpe muito mais fundo. E já há uns tempos atrás, o que me ocupa o peito assemelha-se a um ralo de banheira. Entupido, enferrujado. Numa frequência discreta, só se apoquenta com merdas porque grandes aventuras e felicidades andam raras. Já estive mais longe de me mandar lá para fora e ir lavar pratos. Adoro os meus pais, vejo os anos a passarem e penso que não sei o que vou fazer sem eles. Devia arranjar mais tempo, ser mais dedicada. Percebo que, para infelicidade do meu ego, a minha mãe tem razão na maior parte daqueles assuntos que importam. E que engano tudo e todos, mas a ela não. No último ano, estourei dinheiro a tentar encher aquele buraco na alma. Aquele que sabe que isso não vai mudar nada, mas que se alimenta de ilusões. Errei, paguei por isso. Há dias que me olho ao espelho e a minha cara não faz sentido, um mero conjunto de feições que nem reconheço bem. Já noto umas rugas de expressão, prefiro pensar que são de todas as gargalhadas e não das lágrimas. Acredito no amor dos outros, entre os outros. Não acredito que isso venha até mim, não da maneira que me completa. Bem lá no fundo, torço para estar enganada. Não tem acontecido. Nunca o admiti a ninguém, mas tenho saudades dele. Muito poucas, mas tenho. Não é sequer a ideia, mas ninguém chegou sequer perto. E é assim que deve ser, porque esse caminho deixou de existir. Escombros e relíquias do que foi e que não devem ser encontrados. Só por mim que sei onde estão e mesmo assim, é para evitar. E isto nem faz grande sentido, nem sei como acabar isto. E para os ouvintes que possam estar preocupados com a falta de palavrões e sarcasmo por estes lados, escolho resumir-vos tudo nisto: não faço a mínima ideia do que ando a fazer com a minha vida, mas caguei um avião. Que é como quem diz, por agora, não consigo melhor.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Não me venham com o cliché da Matinal, isso é um processo diário.

Não estarei longe da verdade quando digo que sei o que é gostar de alguém. Infelizmente, já há muito tempo, não sei o que é alguém gostar de mim. 

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

As pessoas cansam-me.

No meu filme preferido, há uma cena em que as personagens falam de quando escreviam diários e como o tempo tinha passado e continuavam a ser os mesmos. As circunstâncias podiam ser diferentes mas a maneira de as ver e sentir, o núcleo emocional continuava praticamente igual. Não peguei em velhos cadernos, não lhes senti o cheiro nem as folhas ásperas. Mas na minha memória, há rabiscos, folhas arrancadas, outras manchadas, esquissos em cores quentes e berrantes, cartas sentidas e outras menos sinceras. Revejo os anos e a verdade é que também eu mudei pouco. Mais azeda e mais céptica, mas naquele cantinho bem escondido e quase inconsciente, está a mesma miúda a acreditar que as coisas deviam ser simples. Preto no branco, o cinzento deprime. A que acha que dar não é assim tão difícil e se pergunta por que é que receber é.  A montanha que vai a Maomé.  A que lê e nunca é lida. A mesma. Igual. 
Não sei como me mudar. Tem sido em vão, nem a experiência parece corroer-me esta maneira pateta de sentir. As pessoas esgotam-me.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O romantismo foi com as putas, perdoem-me o francês.

"Ela acha que só a quero pinar. Claro que a quero pinar... mas quero acordar com ela também!"

Não é que a tentativa de verbalizar algo fofo não seja de louvar, mas por amor da santa.

sábado, 15 de outubro de 2011

Portanto, a felicidade... o extâse!

Profissionalmente, estou aqui estou a ter um mini esgotamento. Descobri que devo ter uma família de ciganos em arraial no meu rim esquerdo. Cólicas renais é mesmo da cena, oh yeah. E vamos lá acabar com o mito urbano que só porque se fala em cólicas, uma donzela se está a gasear como se não houvesse amanhã. Gente, nem há tempo para gases tamanhas as dores. Ah e aproveito também para esclarecer: 
Assim me despeço a esperar que não me fine brevemente e que as vossas vidinhas estejam mais animadas e tal!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Hoje

Fiz perguntas quase sem parar, em conversa de circunstância. Tudo para disfarçar o olhar vazio, o mundo cinzento que me vai cá dentro. Porque se me calasse, ficava suspensa. Dormente. Não escondi nada, mas tinha de tentar só para não ver a minha tristeza e derrota espelhada em ti.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Serviço à comunidade ou como garantir que o blog perdeu de vez o nível que nunca teve

Ainda na temática do post anterior, foi-me facultado acesso a um site de qualidade. E nele encontrei o remédio para a falta de interesse da nossa pátria ou como continuar a atrair ainda mais público brasuca aqui ao tasco. Portanto, segue a lista do material didáctico:

- Por Trás, À Bruta!
  Descrição: É simples: elas gostam por trás e à bruta.
  Elenco: Harmony & Franco Roccaforte ( adoro nomes artísticos )

- Mamalhudas em Patrulha
  Descrição: Elas estão fardadas, estão armadas... e têm grandes mamas!

- Inglesas Insaciáveis com Traseiros Virgens
  Descrição: Remeto-vos para o título. Ah, passa-se nas Caraíbas.

- Jovens Inocentes contra Vergas Experientes
  Descrição: Err... nem vale a pena.
  Elenco: Bob Terminator & Jasmine Luna Gold

- Samba no Pé, Vergas no Rabo
  Descrição: É no Brasil, parece-me. Deve ter banda sonora da  Adriana Calcanhoto e do Netinho.
  Elenco: Patricia Bombom

- Sopeiras Imigrantes
  Descrição: Aposto em germes e sonasol.
  Elenco: Courtney Cummz

- Tunning Anal
  Descrição: Suspeito que seja um Fast and Furious no rabo.

Não precisam de agradecer, temos de ser uns para os outros.

Vamos lá repor a ordem no universo #3

Aparentemente chega-se facilmente aqui ao estaminé, procurando no google "sodomizado à bruta por trás". Experimentem, eu sei que querem! Nem que seja para desequilibrar as estatísticas que apontam sempre para público oriundo do Brasil. Começo a achar que o nosso povo não dá o devido valor a este assunto, uma tristeza.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Dignidade é uma cena que a mim me assiste

O meu pai sempre me disse que quando nos cagam na cabeça, a pior coisa a fazer é ainda oferecer o papel higiénico para limparem o cu.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Acalmai as vossas cabeças, companheiros desta esquina que é a vida! Eu resumo:

Like a twisted game

Portanto... pode ser coisa normal proveniente de sequelas de guerra ou posso foder-me à grande e à francesa ( a ser é à portuguesa, que é produto nacional ).
All in* na segunda hipótese. Mais um bocado de sadomasoquismo e pouco falta para uma overdose. Dito isto, bora esmurrar os joelhos.

*All in o raio. Fifty fifty, que quero voltar a ser jovem e ter sonhos.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Carta crua

Talvez fique mal começar logo por dizer que não sei a quantas ando, mas não é de todo mentira. Já há algum tempo que assim é. Vou lidando melhor ou pior, consoante os dias e as pessoas que me rodeiam. Sempre me habituei a tomar mais conta dos outros do que de mim, não é de agora. Mas confesso que sinto um profundo cansaço em carregar ( não que não o faça por opção e gosto ) o dos outros, agora que o meu ameaça tirar-me as forças. Não consigo dar muito mais, sem receber ( exactamente ) o que preciso. Não te posso pedir que saibas o que não te digo, mas não consigo deixar de te culpar por seres mais um que consigo ler e dar sem que tenhas de pedir. Mais um. Nunca me chegou ninguém disposto a olhar um pouco mais de perto e fazer o mesmo por mim. Ou talvez já tenha acontecido, mas lá se cansou com esta minha faceta independente. Noto o padrão, o apontarem-me essa característica como sendo um pequeno defeito disfarçado de qualidade. Mea culpa, eu sei. 
Já não sei se é o cansaço a falar, se é a falta de paciência e tolerância. Sei que não quero ficar amorfa nem  viver a meio gás, não quero uma paz podre. Prefiro manter a insanidade e saber que me esmurrei, porque era melhor do que ficar ilesa.
E neste momento, sinto-me um pouco amputada da alma. Não ajuda termos cicatrizes de guerra, o medo é mais que muito e a espontaneidade tem o risco imenso da vulnerabilidade. Há mais a perder, tanto mais a perder porque já sabemos como é apostar tudo e ficar sem nada. 
Não sei se somos nenúfares, se isto é só o normal de um pós-guerra emocional. Não sei grande coisa. Mas dou por mim a gostar dos teus olhos azuis e eu que sempre disse que não me apanhariam olhos claros. 

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Há a possibilidade de andar a ter tendências suicidas. Ui, ca bom.

"I guess it made more sense to commit to nothing, keep my options open. And that's suicide. By tiny, tiny increments." - High Fidelity

sábado, 4 de junho de 2011

O Toy inspirou-se em mim quando escreveu aquela música "Sensual, és tão sensual. Tens o ar de mulher fatal! Sensual, és tão sensual...que até o teu simples olhar me faz mal". Acho que estava a falar do meu estrabismo, o boi.

Sexy Failer Gif - Sexy Failer

Fosse eu e provocava um terramoto que ia logo tudo dar uma volta ao bilhar grande. Ah, santo calor... santos gafalhotos esqueléticos de calções... ah.... porra. Gentes das espanhas temei pela vossa vida... Vou assombrar-vos em breve e de biquini!

E perguntam vocês: "que raio é que temos a ver com isso?" e responde aqui o cachalote: Nada, mas a espelunca é minha, portanto... aguentai, infiéis!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Cliché, sim. Verdade, também.

Já morri várias vezes. Partes de mim tiveram uma esperança de vida mais longa do que outras. Mas o esqueleto  sempre se manteve, um osso partido aqui e acolá mas nunca sofreu amputações. Custa-me saber que outros me quiseram matar neles mas já tentei afogar outros tantos em mim. Raramente é totalmente eficaz. O tempo passa e percebo que as mortes mais dolorosas ( mais do que a minha e a dos outros ) são os planos, as ideias que se criam em nós com e para alguém. Mesmo que esse alguém já tenha mudado de esqueleto. Ficam, insistem mas vão perdendo força, falando cada vez mais baixo até sussurrarem muito de vez em quando.

Já não somos uma tabula rasa. Mas como eu gostava de voltar à inocência de ter tanta esperança nos outros. 

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Maya, Paulo Cardoso, Maria Helena Martins, Cristina Candeias, Miguel de Sousa e cepos afins*:

E se fossem à real prostiputa que vos pariu, sim? Estou a supor que são todos meios irmãos, que a merda cheira ao mesmo. Eu que me oriento pela astrologia, acredito tanto nela como acredito que o pão não engorda ( as minhas coxas discordam, mas também ando de relações cortadas com as cabras ), sinto-me defraudada. Por amor de nossa senhora do ó, não podem baralhar melhor as cartas? Estou a caminho dos 30, a minha vida profissional está a andar para trás, mas ainda não posso usar a desculpa que estou gorda que nem uma lontra por causa da menopausa. A nível amoroso, vá... Mandei Deus Pai dar uma curva que nem só de pais nossos e avé marias vive um cachalote... perdão... mulher! Obrigado pela tua previsão, Maya, em que dizias que berlaitadas iam voltar à minha vida. Óptimo, mas a lógica é enganar o pessoal sempre com um "Ah, o teu trabalho é uma merda? Vai correr tão bem no romance badalhoco!" ou "Andas a seco? Ahhh, não te apoquentes... vais ganhar dinheiro como se fosses acompanhante de  ( pequeno ) luxo!" e balelas afins. Tentem variar o menu, sim? Agradecia que as minhas vivências não tivessem um sabor intenso a deja vu, comigo a berrar rorres de merdas em como vai acabar tudo da mesma maneira e eu é que ( não ) me vou foder.
Por isso, gente dos astros, ide brincar com a quinta pata de um cavalo! É endireitar a minha vida profissional ( que já está na altura de deixar a prostituição ) e a minha vida delicó-doce-badalhocó-fofa também podia ser simplificada para melhor. É favor não mexerem nos amigos ( a não ser que seja para trazer novos, tão  (a)normais dos cornos como eu ) e na família. Caso contrário, atentem:

-Maya, parto-te outra vez esse nariz e ainda te ponho a cremalheira torta. Ah e posso tentar jogar squash com as tuas mamas.
-Paulo Cardoso, obrigo-te a realizares o teu sonho de ser o próximo Tony Carreira mas com uma voz mais à "foda-se que sou erudito".
-Maria Helena Martins, voltas a ir limpar casas de banho ou a vender rendas de bilros porta a porta. 
-Cristina Candeias, ponho-te a fazer o anúncio às capsulas Alli. 
-Miguel de Sousa, forço-te a marchar mulheres.... queres ir por aí? QUERES??

E quanto aos outros cepos... depois penso nisso.

*Sim, dei-me ao trabalho de ir ao Sapo Astral ver o nome deles. E eu sei que estive desaparecida, meus queridos espectadores... mas não se preocupem! Todas as vossas bonequinhas de voodoo surtiram efeito e... voltei! Vou proceder a cuscar ( mais ) atentamente as vossas vidas. Obrigado a quem ainda me lê e me deixa umas palavras porreiras no e-mail,  vocês sabem quem são :)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Em repeat #3

Não estava à ( tua ) espera. Nunca soube pedir, optei sempre por dar primeiro. E perdi tanto, demasiadas vezes. Talvez esteja na altura para ( te ) confessar que também preciso que tomem conta de mim, que ando a lutar contra tantos fantasmas que me fazem querer sabotar e lançar(-te) cenários derrotistas. 
Continuo sem saber pedir e, algures no caminho, deixei de saber dar. Mas hoje, se ainda me quiseres, vou aninhar-me nos teus braços e vais saber que sim. 

terça-feira, 12 de abril de 2011

segunda-feira, 21 de março de 2011

Já dizia o mauzão do Die Hard 4, "you're a Timex watch in a digital age."

E é um forróbodó que vem ter comigo às boxes. Deus Pai já deve estar cansado de tanta dedicação da minha parte. Mas claramente anda a fazer ouvidos moucos às minhas preces de paz espiritual. E quando digo que, em sendo, que seja atum.... não é para me mandares perus, pá.

quinta-feira, 17 de março de 2011

E se fosses sodomizada à bruta por trás por um africano com um falo do tamanho de um tentáculo, hmmm?

Para ti, só o melhor... Segurança Social. 
Haja confiança no compromisso geracional ( isso ainda existe? ), mesmo que não tenha sequer para manter o meu emprego... tenho de ter para te pagar. O futuro parece-me risonho.

terça-feira, 15 de março de 2011

Já dizia o outro, "o verdadeiro encontro é uma interrupção".

Podem passar meses sem nos vermos ou trocarmos palavra, não importa. Nada muda, não sei explicar a razão. Provavelmente, por ter ficado suspenso e isso torna tudo renovável, como se fossemos personagens de uma série quase interminável, à espera que as nossas histórias se alinhem. Tenho dúvidas que isso aconteça, talvez faça tudo parte do encanto. A ideia platónica de um "nós" que, em sendo real, seria muito menos simples. Houve momentos em que me consumiu mais, em que me entristeceu a incapacidade mútua de nos olharmos de ( em ) frente. Agora não, acho que te aceitei em mim como aquela constante de desequilíbrio controlado. A tua timidez, a maneira como ficas atrapalhado cada vez que apareço sem avisar, o sorriso e todo o  embaraço na nossa forma de interagir. 
Isto, nem sei bem o que é, não é suficientemente fraco para esquecer nem suficientemente forte para tirar o sono. A única coisa que sei é que já dura há tanto tempo que tem idade para andar na 3ª classe. Sabe ler, escrever e também faz contas, daí perceber de probabilidades. 

Trauma de juventude

Nunca percebi como aquela bimba da Joey escolheu o Pacey. Não fazia sentido nenhum, o Dawson é que era. E anos depois, apercebo-me que se calhar cometi o mesmo erro. Oh crap.
Nota: Estou em casa há dois dias, toda rota da garganta e com dores no corpo. Há a possibilidade imensa de estar a delirar. Não desistam já de mim, pode ser?

segunda-feira, 14 de março de 2011

No strings attached

Mais um filme a perpetuar a ideia de que não é preciso preliminares para nada. Zumba na caneca e está feito.

domingo, 13 de março de 2011

Resoluções de ano novo em meados de Março.

No início de 2010, lembro-me de ter feito uma resolução ( coisa que nunca faço ) , em tom humorístico, de que ia ser um ano de tolerância. Tentar ter mais paciência com os outros, não desatar a dizer palavrões quando conduzo e toda uma panóplia de situações em que ia tentar ter mais calma. Posso confirmar que não cumpri na parte da condução mas até fui mais mole no campo das relações humanas. Não compensou, não senti que me tenha transformado numa pessoa melhor... só fiquei mais esmurrada. Tenho tendência a esquecer-me que estas lides são, normalmente, facas de dois gumes.
Em 2011, não fiz resolução absolutamente nenhuma mas ainda vou a tempo. Vou submeter a minha vida a um controlo de qualidade extremamente rigoroso. Este ano vai ser o ano do "quem com ferro mata, com ferro morre". Azeda? Se calhar, mas conto divertir-me. Dizem que é por ser do signo que sou, que odeio erros inúteis. Mas não vai ser desta que começo a acreditar em astrologia.
Confesso que, às vezes, penso como seria voltar atrás. A verdade é que já não sabia encontrar o caminho. Nem existe.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Ó Nuno, vem a mim por favor... fala-me do que te apoquenta, dos teus sonhos e fantasias.

Mulher vítima de abuso sexual aos 92 anos

Aos 92 anos, uma mulher residente em Serzedo, Gaia, queixou-se de coacção sexual por parte de um vizinho. O homem de 76 anos(1), tê-la-á atacado por trás, enquanto a vítima sachava batatas(2). Agora, arrisca entre um e oito anos de prisão.
Pelas 17 horas de 28 de Abril do ano passado, a senhora estava tranquilamente a trabalhar no seu terreno, com enxada na mão(3). O seu vizinho, reformado e homem casado (4), avistou-a e despertou-se-lhe o impulso de manter relações sexuais com ela(5).
Mas foi violento. Aproximou-se pelas costas, sem que a vizinha se apercebesse e resolveu agarrá-la pela cintura. Arrastou-a cerca de dois metros e atirou-a ao chão, fazendo-a cair em cima de um silvado que ali existe.
Depois com a vizinha em cima das silvas e manietando-a à força com um dos braços, impedindo-a de resistir, levantou-lhe a saia, afastou-lhe as pernas (6) e , embora sem lhe despir as cuecas e sem se despir (7), desatou a efectuar movimentos sexuais, para a frente e para trás (8).
Durante o acto, chegou a deitar a mão à cara e ao pescoço da vítima, para esta não pedir ajuda. Aquando destes actos de violência, a placa dentária da vítima caiu e não mais foi encontrada(9).
Após consumar o acto, o presumível agressor saiu de cima da vizinha e foi para casa (10). 
(...)
Nuno Miguel Maia, JN ( 6 de Março de 2011 )

(1) É só a mim que faz confusão que velhos de 76 anos andem aí a uivar e a querer comer vizinhas de 92?! Não que, se fosse de outra forma, fizesse qualquer sentido mas ainda faz menos.
(2) Errr... este pormenor é delicioso, a sério. O velho fica com tesão ao ver uma jovem de 92 anos a sachar batatas? Nem quero imaginar a loucura se a senhora estivesse a ordenhar uma vaca, ainda ficava sugestionado com a ideia de ménage.
(3) Podia ser um dildo, podia ser um guarda-chuva... mas pasmem-se, a senhora estava a sachar batatas com uma enxada.
(4) Pormenores que explicam muita coisa: devia andar revoltado por não ter trocos para o bagaço e pela mulher preferir dedicar-se às rendas de bilro.
(5) Pá... Maneira bonita de dizer a coisa.
(6) Tinha ideia que estava a ler o JN e não um romance pseudo delicó-badalhocó-erótico da Harlequin. Se calhar, comprei a Maria... ahhhhh não, é mesmo uma notícia do JN.
(7) Outro pormenor importante, a sério. É que o potencial do surreal desta história já é pouco, por isso... vamos lá descrever mais um bocado as preferências de um velho de 76 anos atesuado ao ver a sua vizinha a sachar batatas... muito mais kinky se for com roupa.
(8) Qual é a necessidade disto, pá? Ainda bem que foi para trás e para a frente. Mau era se fosse em diagonal ou para os lados!
(9) Só me ocorre fazer um comentário bem pior do que a ideia de partilhar esta informação, por isso vou abster-me. Mas dá para imaginar a linha de pensamento, certo?
(10) Estava à espera de um final mais feliz... irem os dois ao McDrive de mula.

Deve ser fodido ter de escrever sobre algumas coisas mas haja decência. Não há um editor de jeito nessa espelunca, pá? Que te dê um tabefe por descreveres uma história destas, de uma forma tão pormenorizada e com elementos que a tornam cómica? Anda tudo a comer merda ao pequeno almoço? Se me estás a ler, Nuno, manifesta-te. Quero conhecer-te, pôr uma fronha ao nome. É que eu não bato nada bem dos cornos e tenho uma mente suja, mas não sou jornalista nem tenho de saber comunicar decentemente ( só com grunhidos, mas não me pagam para isso ). Por amor da santa.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Chamem-me antiquada à vontade.

"Eu, que sou do tempo em que ainda não se dizia LOL, prefiro pensar que a primeira noite é para perceber a forma das mãos, o perfume, a dicção, os sapatos..."
O Sexo e a Cidália, JN

sábado, 5 de março de 2011

terça-feira, 1 de março de 2011

Não podia jogar com o baralho todo, sendo criada por progenitores deste calibre #2

"Mulher é aquela coisa estranha à volta da pachacha, não é?" 

Já não tenho muita esperança no mundo e ainda fiquei com menos por ter achado hilariante. É mesmo defeito de fabrico.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Não estou disponível para casamentos, baptizados nem bar-mitzvah.

Quase sem dar por isso, a descrença escancarou as portas e sentou-se (des)confortavelmente no sofá. A verdade é que o meu ralo de banheira não tem pujança para aguentar esta selva. São demasiados desencontros ao mesmo tempo. O erro crasso de julgar os outros por mim. A pessoa errada a fazer tudo da maneira certa. Levar um soco de realidade ao ver claramente as sequelas, todo um pesar e um não conseguir desenvolver. Um limbo estranho, em que sou o bicho raro que joga limpo sem nenhuma carta na manga. E no fim, sou a má da fita. Para mim ou para os outros. Fechou o tasco, encostei às boxes. 

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O meu humor é tão incompreendido...

E já não posso arrotar postas de pescada por não mandar mensagens quando bebo uns canecos a mais.
Se alguém estiver farto de ter juízo, apite que eu compro um bocado.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sem meio termo.

É óptimo que saiba escrever e falar português decentemente, partilhe alguns gostos, tenha um humor mordaz e um palmo do que quer que seja que nos desequilibra. No momento certo, nos encoste a uma parede, nos descabele e mande às urtigas todas as dúvidas tipicamente femininas se é boa ideia nos metermos em semelhante alhada. Mas não há nada mais desinteressante num homem do que a incapacidade de lutar por uma mulher. Aquela dormência de quem não quer ter trabalho porque atrás vem mais uma ou a insegurança galopante do que pensa que atrás dele também vem mais um e se calhar, ela vai achá-lo melhor. A vida de casino em que as apostas só são feitas ao de leve, nada que faça estremecer os alicerces. Ou a vida de forreta, que nem joga a melhor cartada porque já se acovardou com a possibilidade de não ganhar. 
Apostem tudo ou passem.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

You can take a girl out of tendinha, but you can't take tendinha out of a girl! ( sim, em inglês soa tudo mais bonito. E bonito, bonito são os quiii... são as pirâmides do Egipto )

Não tenho paciência para me levar a sério, quanto mais aos outros. Por isso, a modos que portántos, bons clássicos rockeiros, parvalheira e o resto pode ir morrer longe. Agora é atirar-me ( qual peixe fora de água ) para o meio de peles chamuscadas de solário, extensões e madeixas levadas ao extremo, calças de couro, biceps do tamanho da minha cabeça, voltas de ouro sensuais com nosso senhor, empregadas que ignoram quem não for da realeza das unhas de gel, homens (?) com menos pêlos no peito do que eu, entre outras preciosidades que podia continuar a carpir. É neste momento que penso "raios me fodam e a mania de ir mudar de ares". Mas há que tentar manter o espírito do fail better.Vou ali afogar as mágoas em pepperoni e nutella ( em separado, claro... lavajona mas nem tanto ). Também as afogava no Jemaine, que ele tem a escola toda. Aprendei, infiéis!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Tááá béééééénnnhhhee.

Até estou no meu canto, encostada às boxes naquela de não me chatear a menos que valha a pena o trabalho. Agora não posso ler badalhoquices e ficar impávida e serena, qu'ésta merda? Decido dedicar-me a Deus Pai, não fazer filmes levianos com o Colin Firth em que o barro em nutella e... ( esforço para não divagar... ui ) nem com outros espécimes barbudos da plebe e depois sigo blogs que nos últimos dias, só falam sobre sexo oral ( e amor, mas essa espinha ponho na beira do prato... claro está ). Nada desta bida, NADA! Assim, uma mulher não sossega. 
Concordo com a ideologia em questão: é bonito acordar pessoal abocanhando o calipo ou passando o corredor a pano. Verdade que é coisa bonita de ser feita com parceiro certificado e treinado na arte de descodificar os espasmos e tremeliques de perna. Há por aí muita gente que pode aproveitar essa situação ( e mal dos que não o fazem, ora porra ). Depois há os pobres e abandonados que anseiam por uma conversa matinal e não um monólogo ( se isso é sequer possível, que não considero tirar costelas e não andei na ginástica acrobática ). Tenho para mim que a culpada disto ( cof cof, Nervosa, cof cof ) devia criar um movimento do género speed dating, mas para fellatios e cunnilingus. Fazer serviço comunitário e juntar as almas perdidas que não estão a trocar bitaites matutinos. Isto tudo claro, com burocracias do tamanho de França: análises certificadas da saúde púbica ( e geral ) de cada utente, preferências, currículos onde figurem licenciaturas e mestrados concluídos, localização geográfica ( da pessoa agarrada à dita buceta ou vergalho, que não saber onde ficam os orgãos mencionados ainda agora é direito a ser logo expulso da seita ), dicas, informações úteis e mais uma batelada de tópicos para garantir higiene e qualidade. Pode ser que haja mais parvalhões e parvalhonas a acordar de bem para a vida, que a crise é fodida.
Dito isto, terei todo o gosto em apresentar a minha candidatura mas antes tenho de ver se sigo o conselho de uma amiga e compro qualquer coisa para desbloquear a área. Sob pena de acontecer algo deste género:
Ainda descubro onde pára a bola de Pilates e que não perdi aquela camisola e que o Elvis afinal não morreu e estava só escondido ( parece-me que a meio da noite ouço uns "love me tender, love me trueeeee...." vindos lá das profundezas ).  Portanto, é imperativo ir limpar as teias de aranha. Atentem que não usei o exemplo do Indiana Jones por acaso, é a dar aquele toque subtil que gosto de gajos aventureiros, morenos e com barba para me fazer comichão nas coxas. 
Pronto, agora bora ficar muito escandalizados que ter humor é uma coisa horrível.

Costumo avisar, não acreditam. Mas sou uma tipa honesta, pá. Valha-me isso, não faço publicidade enganosa.


E é sexta, aleluia irmãos!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

"Because I worked, I cursed and I tried. And I said I could change but I lied."

É curioso como uma música nos encontra, no momento certo. Londres era um deserto cheio de gente, comigo a arrastar-me entre trabalho e programas culturais. A minha cara não fazia sentido, branca como cal, os olhos envidraçados e baços. Estar ali ou noutro sítio qualquer era-me indiferente, o piloto automático ligado num sorriso conveniente e vazio. Ainda não tínhamos esgotado os créditos, mas era uma questão de dias. Não via nada pelos meus óculos escuros de desilusão e descrença. Perguntei-me tantas vezes quando é que isso passaria, quando é que dormir não seria melhor do que estar acordada. 
Os meses correram e Londres voltou a chegar até mim. Comigo a saborear o Hyde Park, a saltitar pelo metro e a ler os poemas nos cartazes. A trabalhar até os pés me chamarem nomes, a ansiar o almoço rotineiro em Camden. Os dias passaram ligeiros e assolou-me que já não me lembro muito de ti, que me passas em relâmpago pelos pensamentos e desapareces tão rápido como apareceste. Que no fim de contas, o que dói é a maneira e não o resultado. Sei que contavas que tivéssemos direito a mais uns episódios. Alguém como eu não ia desistir facilmente, ia contra a minha natureza obstinada. Deixei de te conhecer. E logo eu que pensava que também nunca ia mudar, menti. Naquele momento, percebi que se era isso que querias, era isso que te ia dar como sempre. Que já não ia aguentar dores que não nascessem em mim, que a miúda com bom humor e tendência a adoptar problemas alheios estava esgotada. Já não era uma miúda, mas uma velha caquética, que tinha de sair da cepa torta enquanto ainda não precisava de andarilho. Que ou corria ou morria. Mesmo agora sabendo que não o esperavas e que provavelmente te arrependeste, não importa. O tempo passou e trouxe-me revolta, amargura e depois sofreguidão. Trouxe-me pessoas que me tiraram da dormência (in)voluntária, que me esmurraram um pouco mais os joelhos e me mostraram o pequeno monstro que habita em mim. Como explicar(-me) o não gostar, o não ter em quem pensar no final de um dia? Tudo ramificações novas de mim. Mas tu tens finalmente o teu lugar, numa gaveta cada vez mais poeirenta. Não a abro muitas vezes, já não tenho necessidade de comtemplar as medalhas dos meus fracassos. Mas mais que tudo, quero que saibas que não te quero bem nem mal. Não te quero absolutamente nada e isso é algo que só pode acontecer quando não se deseja.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Então é mais ou menos assim.

Gaja que é gaja tem a parte emocional e a racional ( atenção eu disse gaja, não disse aspirantes a ). Sendo eu toda gaja ( pelo menos da última vez que confirmei ), isto anda um arraial do caneco. Vamos então atentar no exemplo: o gajo todo ya-ma-mén, tenho tattoo no pescoço mesmo à gangsta shit e uma pêra com uma trança ( um bocado apaneleirado, eu sei ) é o meu cérebro. Já se meteu numas rixas, levou facadas, usou calças abaixo do cu mas não quinou a la Tupac porque teve sorte. Ficou com valentes sequelas ( a pêra e também o collant enfiado na tola ), tem tendência a ser violento mas ao menos, não tem aspirações em ser MC. Já a tipa são os restos que trago aqui no peito ( e não, não estou a falar das favas com chouriço se bem que até marchavam, já que daqui a nada é hora do comer ). É parola ( que merda de camisa é aquela? Argolas com capacidade para equilibrar papagaios? ),  tem grande prateleira ( leia-se bagagem sentimental, seus porcos ), é roliça ( aqui já entram as favas aliadas a já estar cheia de levar com merdas alheias ) e fritou o circuito. Em resumo, o meu cérebro atesta um grande milho no meu ( porra, não consigo dizer coração que acho que não tenho disso... só um momento... eerrrr... ) ralo de banheira ( graficamente adequado, buracos e resíduos ) e diz: "Yo, represent... deixa de ser pomba e snifar pó de talco". Isto em loop. E avé que é sexta-feira.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Já encontrei os comprimidos.

A Sô Dona Rita deve ter feito macumba que proferi estas palavras, em contexto laboral: "Não se preocupe que eu ainda tenho os três!". E não, não consegui conter o riso. 
Tenho de me dedicar ao crochet, à decoupage, a depilar os sovacos, a arranjar amigas que não gozem com os pobres e não me façam ouvir "Lapada na Rachada" ou "Senta que é de menta"... ou em querendo mudar mesmo de vida, ingressar no clube das (re) virgens e dedicar-me a Deus Pai. 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Desta vez, quero tudo e tudo o que eu quero não vai chegar.


A simplicidade de estar confortável. O saber mútuo. Um toque ao de leve, com a intensidade certa. Um peito onde deitar a cabeça, que me lembre que não fumo mas que me faça ter vontade. Um afago no cabelo e um beijo roubado, demorado. Um olhar a que queira fugir, mas não consiga. Que me dêem a volta, comigo a ver e a acenar em forma de aprovação. Um corpo onde me perder, que me fale aos sentidos e me faça esquecer que é dia lá fora e noite cá dentro. Degustar as possibilidades, como se fossem um bom vinho e não uma mistela de tasco. A capacidade de ser vulnerável, num desequilíbrio tão calmo como intenso sem pensar muito se vou sair mais ou menos amputada de alma. Palavras, boas ou más mas verdadeiras. Adormecer com o diafragma a rebentar ou cair na cama como uma miúda. Sim ou sopas. Olhar à volta e sentir que há alguém que me faça sentir um terço disto. Não há. E num dia como este, uma manta, esta música e esperar que o sarcasmo volte rapidamente e em força.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

E mai nada.

Vamos lá repôr a ordem no Universo #2

Não comecem logo a afiar as facas e a imaginar-me pendurada à leitão pronta a ser queimada viva ( agora todos juntos: "Infiel! Meretriz! Quenga!" ). Saí da linha do comboio antes que ele me passasse por cima ( metáfora gira, certo? ). Isto não quer dizer que aquela deslocação de ar não me tenha deixado um bocado banzada e despenteada. Mas os danos estão controlados. Agora perdoem-me enquanto me vou vestir de Russell Crowe no Gladiador, arroto e digo sensualmente: At my signal, unleash hell!


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Não, não quero.

Estava a precisar de uma ensaboadela mental gigante e não há nada que pague ter um amigo disposto a falar abertamente da vida nas trincheiras do inimigo. Sem merdas, sem paninhos quentes. Alguém que diga as coisas como são. Que me faça a simples pergunta: "Mas tu queres mesmo ser essa pessoa?". Puxar o remo atrás e mandar valente estalada psicológica. Não gosto do que estou a ouvir? Problema meu, alomba. Ora porra, é preto no branco. E o meu problema foi ( é? ) falta de traquejo, estar enferrujada na arte de ser cabra.  
No meio do consultório sentimental, é delicioso ter a leitura masculina dos acontecimentos. De me decifrarem aquelas pequenas coisas que pensava serem pão pão e são queijo queijo. Pensar "Ah, gatuno!" e rir-me imenso a reconhecer o quão básico é. E por outro lado, perceber que não somos só nós ( gajas, diga-se ) a querer umas palavras. Mas ninguém quer dar o passo, ninguém quer pôr-se a jeito. A não ser para aventuras libidinosas, que se isto começa a ficar confortável é logo despedimento por justa causa.  

E obrigadinha a vossas entidades blogosféricas que me andavam a incentivar à libertinagem lamechas . Agora que deu merda, nem um pio e desaparece tudo. Cambada do demo!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Carta a uma pessoa muito parva. Ou seja, a mim. Ou é a acalmar o arraial, não lancem confetis e suspendam o fogo de artifício que o gajo é mesmo uma grande besta quadrada. E sim, digo muitos palavrões e não sou boa influência para crianças pequenas e grandes.

Josefa Antónia ( lá se foi o mito urbano e mistério em torno da minha identidade ),

É aconselhável andares de cabeça baixa nos próximos dias, sob pena de não passares em portas por causa do tamanho dos cornos com que estás. Também é boa ideia manteres a tua caminhada matinal pela marginal para ver se gastas energia. Sei que, neste momento, desejas ardentemente ir correr como se não houvesse amanhã, enquanto gritas "Pito, cona, mamas!!! Raios me fodam... NADA DESTA BIDA, NADA!!!". Não te metas nisso, a vizinhança já acha que não fechas bem a tampa e não vale a pena assustá-los mais. Mas se quiseres ter um momento autista a grunhir e a balançar-te, despacha logo o assunto.  Contrariamente ao normal, não queres comer três alheiras com molho de francesinha e isso é óptimo. Mantem essa atitude, o teu rabo vai agradecer-te. Lembras-te daquela frase que tanto gostas "I had more sense than that, but after 2 a.m. my good sense was fast asleep"? Agora já compreendes a razão e como se aplica tão bem à tua ignóbil pessoa. Está provado quase cientificamente que quando queres uma coisa, é certo certinho que assim é que não a vais ter. Tenta dar ares budista a ver se da próxima passa. Tira as palas dos olhos. Em vez de perder tempo a dizer a tua idade não sei quantas vezes porque ninguém acredita logo, assume que tens entre 18 e 20 anos e despachas o assunto. Não te chateies com homens com idade para serem teus avós, ainda acham mais piada. Confia no teu instinto ( eu sei, eu sei... não és nada gaja destas merdas piriri, mas... ), confia mesmo no teu instinto. Se algo te diz que vais arranjar lenha para te queimar, não te atires para a lareira. Nunca, mas nunca ( já disse nunca? ) substimes a capacidade dos outros te desiludirem. Já viste muita merda, mas há sempre um novo modelo a sair. Não te martirizes, mas pára de julgar os outros por ti. Não tentes perceber porque é que há pessoas que têm necessidade de criar cortinas de fumo, há quem não queira algo bom e tenha medo de o admitir. Dança mas tenta não ficar com o rabo à mostra. Mojitos podem parecer uma solução óptima para tudo e não está longe da verdade. No entanto, tenta não te perder quando vais buscar o enéssimo. A tua bexiga é de uma velha de setenta anos. Claro está que menos líquidos melhoravam imenso a sua condição. Congratula-te até à exaustão ( acende velas, afaga-te o cabelo e dá-te lapadas no cachaço ) por não mandares mensagens quando estás com os copos. Por não teres estragado uma grande música com uma pessoa pequena. Essa música é para as TUAS pessoas, aquela conjugação astral de parolos. Quando confrontada com prova irrefutável, dá meia volta sem um pingo de atenção. Mojitos ( mais uma vez ) aliviam o sufoco. No entanto, começa a ser imperativo uma dosagem adequada para não reproduzires diálogos da Floribela alternativa ( "Um, dois três.... PIIIIIIRRROOOOOCAAAASSSSS!!! Um, dois, três...... tôôô lôôôca!" ). O "anda cá que tens ar de quem sabe a frango" também não é muito adequado, ainda te lixas. Percebe ( sem ir bater com a tromba na parede ) que a Lei de Murphy é fodida. É que se pode correr mal ( e então, contigo ), todo o universo se alinha para que corram várias coisas mal ao mesmo tempo. Em vez de estares a tentar pôr juízo na cabeça da amiga, verifica que as portas do carro ficam mesmo fechadas. É que ficar sem o ipod e a bolsa com as pinturas rupestres para a fronha é para estragar o domingo e mais uns dias. A menos que te prostituas ( e mesmo assim, quiça ), o dinheiro não chega para estas brincadeiras. E se mesmo assim, já pensas que ainda faltam tantos dias para o fim de semana é porque tens de ir dormir. Não penses, pá. Não era para ser. O dróóóógado que te gamou vai ser mais culto a nível musical e muito mais atraente com maquilhagem à traveca. Não é pessoal, não é. Não colecciones dores, é só um mundo em que não te movimentavas tanto. Passa. O resto passou, certo? Então, isto passa a correr. 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Não aconselhado a quem não tenha pachorra para confusão. Em grande escala. Mas tinha de cuspir qualquer coisa, ora porra.

Tentei convencer a minha sanidade mental a voltar mas quer o divórcio. Como diz o Miguel Esteves Cardoso, "se vir um sentimento, como-o". São coisas virulentas e já não tinha uma praga destas há algum tempo. Meti na cabeça que consigo fazer isto, que controlo relativamente bem as alhadas em que me meto. Não deixa de ser verdade. Sou uma valente besta e quando a vida me cruza com espécie semelhante, é tranquilo. Se fosse alguém minimamente normal, tinha azar porque sou marmanja para lixar logo tudo e fazer dela uma besta acabadinha de nascer, off to destroy the world.
É muito mais fácil não criar expectativas, mostrar logo o pior para não dar azo a reclamações. O jogo estava na mesa, agora não te queixes. Não há cá ficarmos vulneráveis, isso é coisa de parolos. Na teoria do bate boca, tudo óptimo. Na prática, o caldo entornou-se. Claro que a probabilidade é seres bom actor e achares que me estás a enrolar sem dar por ela. Não estás, ainda não decidi é cair na esparrela. A verdade é que prefiro pensar assim, que não serás grande espiga. Que és feio, porco e mau. É mais seguro e insisto em tentar não me lembrar de certos pormenores. Apanharam-me desprevenida e isso é meio caminho andado para dar merda. E pior é ter ficado com a impressão que te aconteceu o mesmo. Não ouve a piada fácil na viagem de regresso, nem sequer a troca de mensagens sarcásticas do costume. Silêncio. Não é natural o gato comer-nos a língua. Não se perde uma oportunidade para achincalhar.
Anda meio mundo a foder o outro meio, no sentido literal e figurado. Poucos quebram a corrente. Mas roubando o Manuel descaradamente ( hoje estou com sério ataque de cleptomania ), quero a mensagem ao acordar, a mensagem à hora do almoço, um "estou a pensar em ti" à hora do lanche e um convite para jantar, seguido de sexo escaldante não necessariamente lamechas. Quer dizer, nem sei se quero tanto mas quero parte e não admito isso em voz alta. Se calhar, amanhã já nem quero. Sou uma besta, perdi a espontaneidade deliciosa de me deixar ser vulnerável e amputaram-me o impulso sentimental. A carapaça está cá, o sufoco também. Se me transformei nisto, não posso esperar tréguas do outro lado. Tenho as palavras racionadas e a certeza que as nossas bocas serão um túmulo. Pelo menos, até se encontrarem outra vez.

Não consigo escrever nada coerente. Já perdi a conta das vezes que tentei fazer sentido. Raios me fodam.

Roubado descaradamente a esta senhora.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Ó Sô Dona Rita, cabeleireira aqui da minha pessoa.

Pode massajar-me a cornadura e aparar a juba, sem problema. Mas não estava à espera de uma pergunta tão íntima no fim: "Tem os três?". A modos que portanto, acho que a última vez que os vi foi na Serra da Estrela. Devem andar por lá a esquiar e a comer queijo.

Dito isto, comunico ( oficialmente, para quem ainda tiver dúvidas ) que a minha sanidade mental foi à vida. E tendo em conta que é sexta, deve ir passar o fim de semana fora.  

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Tenho de abrir o armário, a ver se arejo os esqueletos.

Só ia realmente perceber a extensão dos estragos muito tempo depois. A surpresa é pouca, o cenário é caótico. Não saio de casa com armadura, mas os bolsos vão com pedras. Nunca se sabe quando vão ser precisas. Nunca se sabe se vou ter de magoar antes que me magoem. Não me posso distrair e ficar sem munições. Não é que não queira, mas não posso. É uma questão de sobrevivência. Eu ou tu. Já escolhi um outro tu e recordo-me demasiado bem para o meu bem. Nas palavras de uma vizinha, "começo agora a perceber o que significa fazer-me as vontades". E as vontades variam consoante o dia da semana, a música que ouço, o tempo, o copo que tenho na mão, a roupa que trago no corpo, o livro que leio, até mesmo o verniz.
E ando cansada desta carneirada  pseudo responsável, com um plano de vida traçado ao segundo e que, no fundo, são marionetas tristes. Antes cortar os fios e aprender a andar outra vez. Sem carris. Sem respostas politicamente correctas. Sem o que é suposto ser para quem estiver a ver. O que é suposto ser sou eu. Eu a dizer-te que sou uma besta descrente. Que comigo não te dês ao trabalho que vai ser pior. Que não tenho pretensão de encarnar nenhuma personagem, seja boa ou má, intrigante ou desajeitada. Que não estou aqui por mais ninguém do que por mim. Que vejo o que isto é. E só é se eu me quiser fazer a vontade, tarefa epicamente difícil. Ambos sabemos de onde vêm os golpes, a faca dorme debaixo da almofada. O cheiro do teu pescoço é que estragou tudo. Vai correr mal. Só não sei quando é que quero que corra mal. E ainda não decidi se isso é necessariamente mau.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

How can I put it so you understand? I didn't let him hold my hand.

A minha tendência é temperar tudo com sarcasmo. Tenho sempre propensão a fazer uma piada parva e ( muito frequentemente ) badalhoca. Sou assim e não queria ser de outra maneira. No entanto, o homem rude da cidade ( que diz palavrões, arrota e é céptico comó raio ) deve estar a invadir rapidamente e em força o que resta do meu cérebro. Está a ficar mais bronco. O buraco que trago no peito está com a infecção muito mais ( cada vez mais ) controlada. Ainda pesquisei se havia um coração à venda no ebay, mas é coisa rara de se arranjar a bom preço e de boa saúde. Dava-me jeito, já que o outro bateu a porta do curral e pôs-se na alheta. Começo a ponderar pôr aqui um relógio de cuco, um snickers ou uns tampões para emergências. Só para a casa não ficar vazia. Mas estou a divagar. A questão é que quando quero escrever sobre algo mais sério, não o sei dizer de uma forma decente. Não me soa bem, talvez por causa das condições acima descritas. Mas o que eu quero mesmo dizer ( e que se foda como soa ) é que um dos gestos mais íntimos entre duas pessoas é o dar as mãos.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Vamos lá repôr a ordem no Universo

 - Não sou uma tipa leviana. No entanto, acho que da última vez que bebi uns canecos disse que ser uma era uma das resoluções para 2011. 
- O Lidl não patrocina este blog. 
- Hoje nem com três de mão na tromba ficava com um aspecto decente. 

Acho que ando a beber de mais e/ou a dormir de menos.

Ontem, antes de sair do trabalho, desliguei a aparelhagem e apareceu a mensagem "Goodbye". Longe de ser mal educada, acenei naturalmente ao equipamento. Só dei conta da bronquice já estava porta fora. 
A minha vida tem mudar, mas já não vai ser esta semana.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Não me proponho a exame tão cedo.

Fiz uma licenciatura, mestrado, doutoramento, estágio profissional sobre o sexo oposto em particular. O mercado de trabalho ficou lixado e perdi o emprego. Descontei uma carrada de anos, mas sem direito a indemnização. No entanto, não sou gaja para desistir de me cultivar. Tendo em conta que a última vez que estive solteira foi em 1919 ( estava o azeite gallo a começar a cantar ), recomecei os estudos sobre o sexo oposto em geral e tenho muita matéria em atraso. Há novos organismos que me fazem coçar a mioleira e dizer que, no meu tempo, esta merda não era assim tão parva:

- Espécimes que parecem muito cool,  são difíceis de identificar a olho nu ( matreiros, jogam um bocado à bola sem bola ), demoram 3h30 a atar ou desatar e depois estragam todo o cenário com pérolas deste género: "não se pode mostrar muito interesse, se não não ia acontecer nada." 
Agora são donzelas distantes que precisam de ser cortejadas delicadamente? Se calhar, só se calhar, levam um chuto no cu e ala que se faz tarde que atrás vem gente ( no sentido literal e figurado ).

- Espécimes que, com alguns copos em cima, partilham o Top 5 dos defeitos que têm. 
Nos tempos idos da minha juventude, os marmanjos tentavam era acentuar as maravilhosas qualidades que possuíam. Aparentemente, com a crise, agora anda tudo deprimido e o que é bom é caro então bora lá, publicitar os podres. Por exemplo: egoísta, egocêntrico e outros que se deixa de ouvir quando se começa a limpar os ouvidos com uma cotonete que andava perdida na pochete.

- Espécimes com pinta mas sensíveis: tudo quer dizer algo. Mesmo quando se cheira o sovaco a ver se o bedume está controlado pode significar que já não estamos a dar-lhes atenção e que vamos fugir com o Zé dos nabos.
"Afonso Maria! Afonso Maria! Os seus testículos foram encontrados perto do balcão. É favor dirigir-se ao mesmo para os reaver, sob pena de continuar o resto da noite a chorar enquanto se lembra que, quando era uma criança fofa, a mamã não vinha aconchegar o cobertor e isso lhe criou uma falta de confiança incrível cada vez que vê um par de mamas."

- Espécimes que acham que estão a controlar a situação e que ficam extremamente incomodados quando são confrontados com demonstrações da emancipação feminina.
Noutra dimensão, já se percebeu que macho que é macho, anda solto na Savana a caçar a gazela cheio de confiança e que quando lhe afinfa, ela está tão distraída que nem tem tempo para dizer "oh, onde me vim meter? Eu que estava à procura do amor verdadeiro, a querer sentir fadinhas e falar com árvores e agora fui surrupiada por este pecador, nem dei por ela. Chiça!" ( as gazelas são seres muito emocionais, puros, inocentes e gostam de ver a Floribela ). Santinhos... não, pá. Fiquem com essa ilusão mas se vos dizem na cara "não, quem está a abusar de ti sou eu", é boa altura para aceitarem que o coelho da páscoa não existe.

Conclusão preliminar: os homens estão cada vez mais mulheres. Andam uns coninhas por tudo e por nada. Graças às saladas enlatadas do Lidl, não tive contacto directo com todas estas variações mas tenho tido acesso aos apontamentos de colegas nesta faculdade que é a vida de solteira. Sim, o mundo está perdido. Não, não serão todos assim ( vou acender uma velinha aos crepes orientais do Lidl para me dar fé ). Há a probabilidade da pouca massa cinzenta que habita a minha tola estar a adoptar características dominantes de um homem rude da cidade, que diz palavrões, arrota e é céptico como o raio. Isto tudo, mas com umas pernas jeitosas e sedosas. 

Foi tal e qual #2 ( tirando eu não ser loira, não ter olhos claros, ter mais 8kg e mais pinta. Também não aconteceu no meio da rua e não fui a correr tola para o home, que coitado ainda ficava com falta de ar de levar com os meus peitos a esta velocidade. Ele não é tão giro nem tem cabelo castanho escuro e a puberdade já lhe passou pela cara. Nada contra carinhas rabinho de bébé, mas uma boa barba para fazer comichão é algo para me comover. E já que este vai ser o título mais longo da história deste blog, peço desde já desculpa pelo gif ter a gaja dos vampiros com ar de quem está sempre com prisão de ventre, mas tinha tanto a ver com o que aconteceu que não deu para evitar )

Atentem naquela mão a afagar os cabelos. 
Tiraram notas? Óptimo, é que não duro para sempre.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Em repeat

Everybody's ever felt lonely snap your finger
Everybody's ever felt lonely...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Adenda ao post anterior

Não abona mesmo nada a meu favor não me ter ocorrido ( LOGO ) arranjar um moçoilo acessível a quem saltar à cueca, certo? Posto isto, era um desfribilador para a mesa 6!

A expectativa em relação à minha vida amorosa e libidinosa é enorme.

Ofereceram preservativos algures nos becos escuros onde ando ( não, não sou prostiputa ). Pensamentos loucos e calientes que podiam ter assolado a minha mente:

a) "Vou raptar o Colin Firth, barra-lo com nutella e ele nem vai saber de que terra é! *uivo dilacerante*"
b)  "Eeeiiiiiii, que fixe! Vou pôr um na cabeça e enchê-lo como um balão à la Fernando Rocha!"
c) "Sempre quis fazer um workshop de enchidos, acho que isto é um sinal!"

O que realmente aconteceu:

"Aleluia, são válidos até 2015! Yessssssssssssss, há realmente a possibilidade de os usar antes de terem de ir para o lixo!"

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Live and let die

Listen I can't fight your demons
'Cause I'd have to fight you
'Cause they're so far inside you
And I just can't seem to get through.
It ain't none of my business, ain't none of my place
But still I had to try.

Obrigado Paulinho, é um bom mote para 2011

Estou cansada de ser o Chuck Norris ( com menos buço, claro ), que tenta resgatar os camaradas para os lados do Vietname. Não me apetece andar carregada de munições, metralhadoras e explosivos. Sofro das cruzes e, normalmente, as viagens são longas. Chego lá e já não sei bem se ainda são camaradas ou se já se passaram para o outro lado. Toma lá emboscada e as granadas acabam a explodir-me nas mãos. É desagradável, ninguém me paga para isso. Já tenho idade para perceber que algumas pessoas não querem ser salvas. E o que é de mais, enjoa. 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Engate negativo ou 1% da culpa é da Nervosa e 99% é minha, que pirei de vez ao dar-me ao trabalho de fantasiar o meu envolvimento com um candeeiro. Tirando isso, sou um óptimo partido. Qual é a dúvida, pá??

Há momentos em que sentimos uma atracção cósmica ( "nem sabes dançar decentemente" ), algo nos seduz como nunca antes ( "que cara de poucos amigos" ) e tudo o que nos rodeia parece desaparecer quando vislumbramos o objecto do nosso desejo ( "nem sei porque é que vieste se estás aí sentada" ). Fiquei embaraçada, normalmente nem é nada o meu género ( "tens mesmo mau feitio" ) mas não consegui lutar mais. Olhei para ele, para o seu tronco tonificado e bem trabalhado ( "é verdade, mas não fiques chateada" ) e para a  sua cor morena matte. Não tinha nada a ver comigo mas imaginei como seria tocar-lhe na franja sedosa e clara ( "fogo, não sei como é que alguém te atura mas podias dar-me o teu número" ). Tinha ar de ser bem mais velho, com ar experiente de quem já tinha servido em muitos quartos e salas ( "és mesmo antipática" ). Sabia que devia ter imensas histórias para me contar ( "agora a sério, és horrível mas já me davas o teu número" ) e que se me envolvesse com ele, o resultado ia ser eletrizante.

Este serviço de apoio à comunidade é da inteira responsabilidade da minha parte, portanto.

Homens (?) do mundo, da Europa, de Portugal e mais particularmente do Porto e arredores ( amostra significativa que sou forçada a estudar na minha tese ),

Não sei quem vos disse que era boa ideia a técnica do engate negativo, mas andam a ser enganados. Podem sempre limpar o cebo às bimbas, mas fica por aí. O resto prefere ter um one night stand com o candeeiro ou com a cadeira.

Obrigado pelo tempo de antena e que levem com um pinheiro invertido pelo ânus acima. 

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Não tenho título para isto, é a crise.

Não foi a entrada do novo ano e também não é da sabedoria proveniente da idade ( que isto ainda não é como o leite instantâneo ). Também não acho que seja da pastilha de ecstasy que tomei ao pequeno almoço. Resumindo e concluindo, agora sem direito a sarcasmo e pelo mesmo preço: sinto-me bem ( sem estar dormente ). Sem querer provar nada a ninguém, sem fazer fretes e sem correr a apagar fogos que não são meus. Há um tempo em que é preciso enterrar os restos mais fundo, sem depois ir morbidamente desenterrar parte por ter medo de deixar de sentir o que quer que seja. Ainda tenho um buraco no peito, mal amanhado e remediado com trapos que esvoaçam ( tem dias que é uma corrente de ar insuportável ). Aceito e lanço-me à estrada, daqui a nada é noite e não quero dormir aqui ( logo eu que não gosto do escuro ). Não rogo tantas pragas, talvez pelo tempo me ter ensinado que a melhor é mesmo nem me lembrar de o fazer. 

Esta é a parte subtil para me darem os parabéns ou eu salto da ponte da arrábida.

E já só faltam três passinhos para os 30, o tempo anda a passar um bocado depressa.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Não, isto sou eu sóbria... é só para avisar.

Estava eu com um copo de Champomi na mão quando me assolou uma dúvida avassaladora. Talvez influenciada pela Nervosa, indaguei no âmago da minha alma: como porra é que funciona esta treta de estrear roupa interior? Devia iniciar o novo ano com uma lingerie virgem e perfumada. O que me apoquentou foi ter estreado as cuecas antes da meia-noite. Todo o meu futuro pode estar comprometido. Para 2012 ( é ano do fim do mundo e tal, por isso... ), i'll go comando e ao bater das doze badaladas, vou tentar equilibrar o flute, as passas e brindar, enquanto visto as cuecas novas à frente de quem tiver a alegria de estar na minha presença.

Inícios de 2011

Não pensei no Leonard Cohen nem no jantar do ano passado, não desejei estar noutro lado. Lembrei-me de ti, assim muito ao de leve. Foste o que foste, o que és já não sei e começo a não ter grande necessidade de saber. Era só isto. Não percam o próximo episódio, que pode conter reviravoltas emocionantes! Preview: a heroína snifa uma gamela de coca, volta a usar o mIRC e... pronto.