Andamos a rastejar uns tempos, levantamo-nos corcundas e sacudimos a roupa. Vamos ver os estragos ao espelho: ninguém diria, pensamos. Limpamos toda a terra da cara, a não ser a que não sai do olhar ( por mais que esfreguemos ). Lembramo-nos que temos uns pensos rápidos esquecidos lá num canto e regamos tudo com um boa dose de água oxigenada. O azar é que alguns pensos não colam bem, a água oxigenada faz efeito só na altura do uso ( ingestão ) e transborda tudo outra vez ( do copo e do peito ). Não seja por isso, mudamos de roupa na pressa de mostrarmos ao(s) outro(s) que estamos novos, a brilhar ( por fora ). E como nem tudo é ouro, o pano cai mas não há aplausos nem nos pedem encores.
Perdemos tanto de nós a limpar as confusões dos outros, sem sequer ter direito a uma palmadinha nas costas. Tantas pragas rogadas pelas desilusões involuntárias e quando olhamos para nós, estamos a viver numa pocilga emocional. Resolvemos os outros, mas esquecemo-nos de tratar de nós. E pior do que o que vem de fora, é desiludirmo-nos com o que temos cá dentro.
Adorei este texto, mas rapariga, tão perto do Natal e do Novo Ano, não penses no que te preocupa mais...pensa no que podes fazer a partir de 2011 para o mudar. Pensa positivo, e vive esta época com um sorriso nos lábios. Até porque se vivermos a sorrir, atraímos coisas boas. :)
ResponderEliminarFelizmente nunca me senti assim... mas deve ser complicado bater no fundo.
ResponderEliminarPorra, isto poderia perfeitamente ter sido escrevinhado pela minha caneta. Bingo.
ResponderEliminarÉ nesses momentos que temos de ser egoístas e pensar tratar primeiro das nossas feridas, antes de podermos sequer pensar em tratar das dos outros :)
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