quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Desta vez, quero tudo e tudo o que eu quero não vai chegar.


A simplicidade de estar confortável. O saber mútuo. Um toque ao de leve, com a intensidade certa. Um peito onde deitar a cabeça, que me lembre que não fumo mas que me faça ter vontade. Um afago no cabelo e um beijo roubado, demorado. Um olhar a que queira fugir, mas não consiga. Que me dêem a volta, comigo a ver e a acenar em forma de aprovação. Um corpo onde me perder, que me fale aos sentidos e me faça esquecer que é dia lá fora e noite cá dentro. Degustar as possibilidades, como se fossem um bom vinho e não uma mistela de tasco. A capacidade de ser vulnerável, num desequilíbrio tão calmo como intenso sem pensar muito se vou sair mais ou menos amputada de alma. Palavras, boas ou más mas verdadeiras. Adormecer com o diafragma a rebentar ou cair na cama como uma miúda. Sim ou sopas. Olhar à volta e sentir que há alguém que me faça sentir um terço disto. Não há. E num dia como este, uma manta, esta música e esperar que o sarcasmo volte rapidamente e em força.

9 comentários:

  1. Gostei tanto disto. Oh pá, tanto.
    Não posso dizer nada para te tirar dessa noite aí dentro mas, que a exprimes lindamente e consegues pintá-la com imenso estilo, J., senhora! Tiro o chapéu!

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  2. Joana, perceber que compreendeste é suficiente. Obrigado eu :) *

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  3. Valerá a pena esperar. Por essa pessoa, e pelo teu habitual sarcasmo que me faz voltar a este blog :)

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  4. Ena pá que até se me deu um nó no estômago...

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  5. Anne, pois... é mesmo isso. Um nó.

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