domingo, 5 de setembro de 2010

Post psicótico, neurótico, -ótico, -ótico

Quando aconteceu, naquele choque horrível, fiz algo inteligente: livrei-me de tudo o que me fazia lembrar da pessoa em questão. Apaguei fotos, guardei e dei coisas para evitar, ao máximo, ter ainda mais recordações a pairar. No dia a seguir, fui devolver o que tinha de ser devolvido. 
Acredito que a melhor maneira de resolver/terminar o que quer que seja é tendo uma conversa honesta, por mais que isso custe. Não sei onde é que isso se perdeu ( porque tínhamos essa regra ), mas nunca pensei que uma relação de quase 7 anos acabasse de repente e sem grande explicação. Pior, sem sequer ter o mínimo de consideração e respeito. 
Isto para dizer que ( como é natural, nos tempos que correm ) tive um ataque de cusquice e pedi a uma amiga minha para ver o Facebook do defunto. Tenho dito que se tratas alguém de uma forma tão cruel, fria e condescendente ( e com quem estiveste tanto tempo e tiveste uma relação tão boa... até ver! ) é porque és mentalmente instável. E confirma-se. Passado um mês, ainda tem fotografias nossas. Não fico contente nem fico triste, fico desiludida.
Tantos anos com alguém para descobrir que do nada já não fazemos ideia de quem são e que, se calhar, nos fizeram um grande favor ao ir embora. Infelizmente, isso não torna as coisas mais fáceis.

3 comentários:

  1. Tal como no 2 days in paris " I don't know you...", pensamos nós.

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  2. Nunca é fácil. Nem a desilusão consegue apagar os sentimentos.

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  3. Humm...Quanto a não conheceres o "defunto" como tu dizes, acho que nunca se conhece verdadeiramente alguém por muitos anos que se conviva com essa pessoa, até porque mesmo dentro de nós próprios há coisas que nos são alheias. Resta-nos raspar a superfície e ver se gostamos do que vemos :) boa sorte com o teu letting go!

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