sexta-feira, 27 de maio de 2011

Cliché, sim. Verdade, também.

Já morri várias vezes. Partes de mim tiveram uma esperança de vida mais longa do que outras. Mas o esqueleto  sempre se manteve, um osso partido aqui e acolá mas nunca sofreu amputações. Custa-me saber que outros me quiseram matar neles mas já tentei afogar outros tantos em mim. Raramente é totalmente eficaz. O tempo passa e percebo que as mortes mais dolorosas ( mais do que a minha e a dos outros ) são os planos, as ideias que se criam em nós com e para alguém. Mesmo que esse alguém já tenha mudado de esqueleto. Ficam, insistem mas vão perdendo força, falando cada vez mais baixo até sussurrarem muito de vez em quando.

Já não somos uma tabula rasa. Mas como eu gostava de voltar à inocência de ter tanta esperança nos outros. 

5 comentários:

  1. Lindoooo J. :)

    "Partes de mim tiveram uma esperança de vida mais longa do que outras."; "...Custa-me saber que outros me quiseram matar neles mas já tentei afogar outros tantos em mim." -adorei estas frases.

    beijinho

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  2. Eu acho que, apesar de tudo, conservo alguma inocência. É intrínseco ao meu ser. Não sei se é bom ou mau, mas gosto de acreditar que me traz mais alegria que desgostos.

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  3. Não queiras...Os outros não prestam normalmente*

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  4. Fozy Ni**, obrigado :) *

    CurlyGirl, eu também mas às vezes é complicado porque nos cruzamos com quem já tem muito pouca.

    Anne, pois.. *

    Cacarol, diria que a maioria não presta mesmo!

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